Caminho: Uma Aventura
(e já lá vai o tempo em que só escrevia em verso)
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Um Encolher D'ombros
Um mar de lágrimas por chorar e meio balde de sangue por encher, e nem um nem outro tenho possibilidade de fazer. Existe vontade, sempre existiu, e vontade para tudo, mas sabes quando todas as vontades que tens encalham umas nas outras? Sim, é uma constante. E sabes qual é a outra constante? Mais ou menos aquilo que acabaste de pensar, "é a vida". Não o ser a vida, mas a resposta que te dão sempre que dizes o que sentes, sempre que te abres um bocadinho pequenino para não ser demasiado, "é a vida". Sim, realmente a vida é abrirmo-nos e falar para o boneco, para a parede, e é por isso que falo sozinho, a sério, falo e respondo a mim próprio, tenho conversas, e sabes porquê? Porque mais ninguém as tem. Ninguém fundamenta respostas, ninguém tenta perceber os porquês ou sequer se esforça. Por vezes há alguém que pergunta algo que poderia indicar o início de uma conversa resumidamente agradável de uma maneira subconsciente, mas nem isso, é sempre tudo tratado com ignorância ou desdém, uma competição para demonstrar quem sofreu mais, porque se "eu hoje trabalhei 12 horas" então "isso não é nada eu trabalho 10 horas 6 dias por semana" e aí "o meu trabalho é pesado" e no fim de contas o que poderia ter sido uma conversa calma, com preocupação e cautela acaba por ser uma competição sem escrúpulos porque "eu estou pior do que tu". Parece que as pessoas querer ser as vencedoras de algo e como não o são em mais nada, pelo menos levam para casa o troféu de maior sofrimento.
Tanto plano, tanto cuidado, tanta conta feita para tudo dar certo, e adivinha? Aham, tudo por terra, tudo por água abaixo, tudo na lama! Tens sempre tudo na lama! Porquê? Porque a única coisa que tu fazes é merda! Quantas vezes não ouviste já a expressão "bela merda"? Foram tantas que até já quase que respondes por esse nome. Uma atrás da outra as folhas caem da árvore que te viu crescer, a árvore que plantaste, que regaste, que abraçaste, a quem deste água, carinho e amor, a quem deste tudo de ti. Não te deu frutos, apenas sombra em dias de inverno. Da chuva não te protegeu, do medo não te escondeu.
E acima de tudo sentes-te a envelhecer mais rápido que os demais, a cada fôlego teu são meses que se te esvaem e um dia hás de falecer, esse dia pode estar ainda longe, mas, neste momento, quase que sentes como se fosse já amanhã. Sentado à beira do precipício, o impulso é para te atirares, e afinal, já te atiraste para tanto outros que desta vez talvez não doa...mas vai doer. Tu sabes que vai doer porque, repara bem no sítio em que estás, dessa queda não sobrevives, não sozinho, não assim. E quem te dará a mão agora? Qual é o primeiro nome que te vem à cabeça? A sério? Achas que te vai ajudar? Pff, acorda que isso tem jeito de sonhinho bom. Não passas de uma criança iludida agarrada a um peluche desfeito. Quê, ainda falas com ele à noite não? Sempre que podes? Grandes chapadas que tu precisas levar, que grandes senhoras marretadas tens que mamar nesses cornos. Sabes o que o mundo quer saber de ti? Um encolher de ombros. Sabes o que importas para o mundo? Um encolher de ombros. Sabes que falta fazes? Um mísero encolher de ombros muito mas muito esforçado. Então porque não fazes o mesmo e encolhes tu os teus ombros? Afinal de contas, se não os consegues vencer, junta-te a eles.
terça-feira, 28 de maio de 2013
puñetazo rosa de la justicia
Comecei a escrever com uma intenção e entretanto já se me escafedeu... Estou a fazer como antes, escrever, não pensar, com pequenas excepções em termos de forma... e sim, a ouvir música. Sei que influencia, mas o silêncio neste momento é me desconfortável, faz-me pensar. penso demasiado nestes últimos anos... Sobre o que aconteceu e não devia ter acontecido mais principalmente, mas também sobre tudo aquilo que devia ter feito e não fiz...mais coisas diversas de um leque interminável de reboliços contínuos e frustrantes. É como se fosse uma ovelha presa num rebanho de cabras
(btw, 200 mensagens, yoo-hoo...)
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Viagem Para A Terra Do Nunca
terça-feira, 17 de julho de 2012
Mystique Résidence - Parte Cinco
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Mystique Résidence - Parte Quatro
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Mystique Résidence - Parte Três
domingo, 8 de julho de 2012
Mystique Résidence - Parte Dois
terça-feira, 3 de julho de 2012
Mystique Résidence - Parte Um
sábado, 30 de junho de 2012
Isto é que vai um trinta-e-um
Quando decides a tua mente, quando fazes as malas e te preparas para embarcar e tomar um novo rumo, de repente, quase sempre, tudo desmorona. As incertezas voltam, os medos de que não seja o melhor a fazer. As memórias do caminho que te levaram onde estás agora, e que, ironicamente, é esse o caminho que neste momento pretendes abandonar. Mas não abandonar por completo, apenas fazer um pequeno desvio.
Abanas novamente a cabeça na esperança de retirar os pensamentos menos bons, como se fosses uma criança que acredita que eles te vão voar pelos ouvidos, mas eles não voam assim tão facilmente, eles não voam de maneira nenhuma, por mais força que empregues ao chocalhar o teu crânio, a tua, cada vez mais, caveira.
Agora dói-te o cérebro, e páras. Estás com tonturas, sentas-te. Ficas com vómitos, sentes o teu estômago às voltas, reparas que na tua face escorre água salgada, primeiro uma gota, depois outra, depois aos pares, e ainda antes de te dar vontade de as limpares já desiste da ideia pois o fluxo de lágrimas é igual ao da fonte de sangue que jorra do teu coração.
Sem a ajuda de ninguém conseguiste espetar uma faca bem afiada mesmo no centro do teu peito, os ossos para ti são agora uma mentira, os músculos inexistentes e os sentimentos são tudo o que te resta. O teu intelectual já não te é tão claro como pensavas há meia hora atrás, e o caminho de tijolos amarelos reluzentes que vias é agora um riacho poluído e curvilíneo. Largas as malas, baixas os braços, olhas para os teus pés, notas que estão lamacentos, estão totalmente sujos com uma pasta castanha e mole. Será que a consegues malear? Não, obviamente que não. Não deixes que a estupidez te leve a acreditar que podes utilizar essa coisa nojenta para concretizar o teu caminho! Sabes ao menos como isso foi aí parar? Não pois não? Então pára! Já chega...
Basta de ilusões que não te levam a lado nenhum, ainda não te cansaste de acreditar que a tua vida é realmente tua? Agora apercebes-te de que a tua vida não é tua, de que é apenas fruto das circunstânceas, que o teu rumo é uma espécie de destino que estreita e encurta consoante a luta que ofereces, e pensas, de ti para ti, que não há já muito a fazer, deixar andar é aquilo que pressentes ser o melhor.
Agora sim, jogas as mãos à cara para te limpares e secares, mas já vens tarde, não tens a cara molhada, o líquido já secou, quer à superfície quer por baixo dela, o punhal cravado prependicularmente ao teu tronco já começa a apodrecer. O tempo esgota-se.
Mexe-te! Move esse cu flácido e gordo dái! CORRE! O tempo esgota-se. Olhas em volta mas não vês nada, cegaste! És invisual e invisível para ti mesmo. O tempo esgota-se. Pensas que se não vês o mundo o mundo também não te vê a ti, tentas fugir, esbarras contra a parede, até podes fugir mas não te podes esconder, e pelo andar da carruagem nem fugir consegues. Estás prestes a morrer e o tempo esgota-se.
Queres deixar coisas para trás, queres manter outras. Queres evoluir mas tens medo de partir, medo de fugir, medo de sorrir, medo de te ver e medo de sentir. Tens medo que o tempo se esgote antes de tomar a tua decisão, e agora sentes a pressão nos teus ombros, a carga é enorme, foge, foge, foge, corre, acelera o passo, acelera o pensamento e faças o que fizeres não olhes para trás, pois o Passado vai estar sempre a olhar para ti, a chamar-te de volta e se te voltares vais sucumbir. Corre cabrão, corre. O tempo esgota-se. Pões o teu boné virado para trás, como fazias com 10 anos, fechas os olhos com força e abres com ainda mais força, fazes força com os pés no chão que é agora de terra batida na esperança de teres um óptimo impulso para o que aí vai, fazes força a cerrar os punhos com força. O tempo esgota-se. Escorregas, cais, toda a força que fizeste desvanece numa nuvem de gás com os teus pensamentos. O Tempo esgotou-se.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Dá-me a mão e vamos passear
Um beijo ao meu passado, e um obrigado por me ter feito em quem sou hoje.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Desafio
Pequeno grande desafio, corrigir todos os erros no texto seguinte:
Iço das peçoas dizerem cos jovens nãm sabem escrever é tudo muito bonito mas nãm tem muinta curespondensia com a rialidade. Primero porqe escrevemos com forme no zé em si nado, depois porqe nãm fas mal cuando no zenganamos, qer tenhamos boas ou más cõmpuzissões paçamos sempre dano, logo a partir daí tamos relachados. E mais, vemos eros em tudo cuanto é sítio, principalmente nos oregãos so cumunicassão çossial, como a tevê e os jornais, já para nãum falar na publissidade.
Depois à tamém a maneira como ençinão o abêcêdário, eu sêmpre aprêndi qe o gê é gê e não jê, eu digo qe tenho um gato, não tenho um jato. Otra, eu poço fazer um pacto com o diabo, nãum é um pato, pato é com aros. Abrão o zolhos e vejão o mal qe tão a fazer agente.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Novo Website
É simplesmente um site onde colocamos algumas reviews, ou fotografias, ou músicas, ou simplesmente aquilo que quisermos, no fim das contas o site é nosso!
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Big Mash Potato Update
Dentro de poucas horas a nova página vai estar virada, e a vida de um alentejano em Lisboa armado em survivor começa. Mas antes um pequeno ketchup!
Já passou a marca dos 14 meses e ainda dura, se bem que pouquinho, a fase de recuperação da operação a que fui submetido para a remoção de um sinus pilonidal, e as Crónicas de um Sem-nalga ainda correm! Tristeza, mas desde que não volte ao mesmo tá-se bem.
Depois, temporada no Verão a trabalhar in Algarve, ya, dois mesitos em terras de sul de Portugal a vender tabaco para ver se o país encolhe em população, sem esquecer do jornalito com as notícias fresquinhas nos dias quentes!
Provas da ESTC, fui à fase de pré-selcção, passei à la rasquinha mas por motivos de força maior não pude realizar as de selecção. Better luck next year mo-fo|
E assim se faz um resumosito dos últimos meses, a partir de hoje é viver em Lisboa, e dar-lhe no duro!
Oh! já me olvidaria de uma das coisas mais fantásticas deste período! O lançamento da minha primária obra literária (sim isso mesmo) de teor poético (leram bem sim) que incluí poemas dos que aqui vos apresento. O lançamento está para breve, esperem por novidades nas próximas semanas!
Com carinho me despeço, e bom dia, boa tarde, ou boa noite consoante a hora em que me estiverem a ler ;)
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Perras, Guillermo Ríos (2011)
Um filme estranho que fala acerca de não se sabe bem o que, nem como e muito menos quando. É um daqueles filmes que só no fim as coisas fazem sentido, mas até aí tudo bem, agora nem no fim as coisas fazem sentido! Claro, percebe-se a ideia do filme, mas há demasiada coisa, maior parte desnecessária! Salvava-se uma hora e meia dizendo logo que personagem “x” faz isto, e pronto, hora e meia de filme em cinco minutos. Mas também não quero passar a ideia de que ficaria melhor como curta (se bem que ficaria). O melhor deve ser ver a peça de teatro na qual o filme é baseado (há muita coisa que gostaria de ver como fazem em palco, a não ser, claro está, que não apareça no original!). Não recomendo o filme a quem não goste de filmes demorados, com pouca acção. Não recomendo o filme a quem se impressione facilmente e não tão facilmente mas ainda assim um pouco de forma simples. Não recomendo o filme a quem não goste de perder tempo. Não recomendo o filme a quem seja homem ou mulher, maiores ou menores de dezoito anos. E Principalmente não recomendo o filme a quem não goste de ficção espanhola. Ideia geral, não recomendo o filme a não ser a curiosos, a muito, muito curiosos (e mantenham em mente que a curiosidade matou o gato). Devo ter ouvido “pinche” e “puta” mais vezes que em toda a minha vida (e já não foram poucas as vezes que as ouvi, especialmente a segunda). Não querendo ser totalmente mau, há uma ou outra coisa interessante, mas não sei porquê não me recordo… De 0 a 10, 3 é justo.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
0% Hilariante
Hang In There by ~OnishiHakuma on deviantART
Conversa Entre Caninos by ~OnishiHakuma on deviantART
E de onde estas vieram muitas mais hão de vir! MWAHAHahah...ahahah...ah...ah...
domingo, 8 de maio de 2011
Mutante Lacrimoso - O Culminar Da Contradição
Um projecto que quer expandir horizontes e conquistar ouvintes, algo que os curioso não vão querer perder e quem odei não vai deixar de criticar! Para acabar com as dúvidas basta clicar no link e seguir as instruções! -> LINK