quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Porque Por Vezes O Que Parece É

Céu negro e triste
Boas vindas de mais um dia medonho
uma escuridão que envolve e estremece
Ramos de árvores esvoaçam amedrontamente
Tentando agarrar o chapéu de uma pobre criança
Criança provida de luz e esperança
Criança provida de medo pelo medo
E de felicidade por conseguir sorrir sem medo

Já não sou mais essa criança
Nunca fui mais precisamente
Nunca me identifiquei com tal ideal
E nunca me identifiquei comigo
Sinto que ás tantas eu não sou eu
Eu não sou nada nem ninguém
No entanto por vezes apercebo-me que sou tudo
Um ser milagroso criado por acaso
Um erro genético da natureza
Um corvo rodeado de cisnes

"Quem nunca errou que atire a primeira pedra"
Espero impacientemente por esse alguém
Quero ver-lhe o rosto, sentir.lhe o cheiro
Mandá-lo à merda porque não há ninguém perfeito
Calar as vozes da perfeição imutável
Dos seres desprezíeis dos quais faço parte
Sentir-me a assassinar a minha raça
E por isso sentir-me ser corroído por dentro
De dentro para fora, uma sensação que arde
Uma sensação que dói
Uma sensação que transmite calor
Transmite bem-estar
Transmite saudade

Amor é o que dizem
Ódio é o que se sente
Ódio por não sermos suficientes
E por tal motive termos de nos encontrar em outrém
Mas se por ventura amor é ódio
Então prefiro ser amado a amar
Prefiro que me queiram tanto bem quanto eu mal
Prefiro ser alguém que não eu
Apenas para me poder esbofetear e fazer-me aperceber
Da imensidade dos meus erros sem conta
Do ciclo vicioso em que todos estamos
Mas quero também não sair deste meu corpo
Porque se amor é ódio
Então eu afinal de contas odeio-me
Profundamente odeio-me
Odeio-me ao ponto de me estrangular com uma caneta
De puxar a sangue frio todo e qualquer orgão encerrado no meu corpo
Esmigalhar o meu crânio contra a tua parede
E enquanto faço tudo isto ver-te a ti
Ao longe, a olhar e a caminhar
Quer de frente quer de costas
Sempre a sorrir
Sempre a morder o lábio e a língua
Lentamente a esvaires-te em sangue
Sabendo que também tu te odeias
Mas se amor é ódio
Então eu odeio-te
E se ódio é amor
Então eu odeio-me

domingo, 1 de novembro de 2009

Selo (Presente)

Este selo foi-me oerecido pela Phoby (http://gritodalma-entra.blogspot.com/)

Regras:

-Exibir o selo
-Linkar quem o passou
-Passar o selo a 10 blogs que viciem:
*http://tretasporbeatrizpalma.blogspot.com/
*http://sorrow-serenade.blogspot.com/
(e os outros 8 um dia virão)