sexta-feira, 9 de abril de 2010

PARABÉNS CLÁUDIA

(já passam alguns minutos do dia em que mais um ano completaste, mas enfim, pardon moi)

Numa palavra: ofalhançodofosfóroapagado, nunca te esqueças dele (sim fiquei com uma fixação yDD)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Deixa Lá, Crise De Meia-Idade

Isto... Isto é um espaço meu...certo?
Um espaço onde posso ser eu, fazer o que quero e o que gosto...fazer o que preciso...certo?
Onde posso escrever quando preciso de falar com alguém...certo?
Mas não tenho ninguém com quem falar... Apenas tenho este bocado de espaço para escrever...
Posso? Escrever aqui? Vão ler? E se lerem, vão querer saber?
Ah... Não importa, vou escrever na mesma, esta introdução de perguntas retóricas não fez qualquer tipo de sentido...

Insegurança... Desejo de ter o que se tem mesmo depois de já se ter tido o que se tem... Ter... Ter o quê? Ter-te...a ti... A ti? Sim...a ti...
Bolas... Esqueci-me da frase chave que me fez querer escrever isto... Enfim, pode ser que me lembre dela... Bolas... Esqueci-me...de te dizer...que te amo... Mas...
...
...
Será que amo? Amo mesmo? Ou é apenas um engano do meu espírito? Um acto de cobardia, esconder-me em ti, com medo de não alcançar o que não tenho... Sei lá se é... "Amo-te", aparentemente tão fácil de se dizer, tão sobrevalorizado, tão... Sei lá... Sei lá... Sei...que só sei...que o que sei...o sei...e que talvez saiba...que o que sabia...ainda sei...ou talvez não...talvez tenha deixado de um saber uns quantos saberes atrás...

"Esvazia a tua caneca, tem-la cheia, se a encheres mais irá transbordar"

Mas cheia de quê? De sonhos quebrados? De ilusões perdidas? Não...
Cheia de quê então? Cheia de...nada... É tudo o que tenho...nada... Sei que não, mas na minha maneira doentia, e muito pouco iluminada, goste de, talvez goste de, pensar que sim. Faz-me mais forte? Sei lá. Faz-me maior? Sei cá. Faz-me melhor? Não sei. Faz-me eu? Talvez... Talvez o faça, ou talvez me deite ainda mais abaixo... Deitado tenho estado eu nestes últimos dias, e em baixo...deixo de estar uma vez por outra... E desta? Esta passou. E da próxima? A próxima não vai passar... Vai passar-nos ao lado, de lágrimas nos olhos, limpando-as com um lenço negro de sangue... Que fiz eu para te perder? Que fiz eu para me perder? Que fiz eu para sentir que te perdi? Que nos perdi? Que...quando me perdi...perdi tudo? Mas...quando me perdi? Perdi o que era meu? Ou devolvi o que outrora pedira emprestado? É a minha alma! Por que porra estou a discutir o paradeiro da minha alma?! Ela está aqui. Aqui. Bem dentro de mim, querendo voar, sentindo-se presa, como...uma vez mais...e sempre... Perco-a? Sim...se largar a mão... E destruo-a? Sim...se baixar os braços... Lembras-te de mim? Quando fores velhinha, desdentada e coxa...lembras-te de mim? Quando eu já há muito tiver partido...lembras-te...do que é viver? Do que é doer?...e do que faz doer...e do que vale a pena sinta dor por...e do que...já não será...do que...já foi...do que...talvez...ainda seja...?

Limpa a cara, lava o teu rosto...a este ponto também eu já estou...por dentro, lavado em mercúrio... Por fora, exactamente igual. Pávido, sereno, branco como a neve, com os olhos penetrantes como o gelo em que outrora me envolvi, o cabelo...esse...constante mudança...mas...todo eu...sou constante mudança... Sei lá... Não perguntes isso... Mas penso que...talvez...sim, talvez não...

Fraquejei...sou fraco... Protestante hipócrita do mundo das máscaras, envolto nelas, tão bem aconchegado numa alcofa de linho e mentiras, um berço de ouro com corações quebrados cravados, roupa...em 2ª ou 3ª mão, assim como eu, assim como...sempre... Cara de pau, lata imensa, timidez falsa, perversidade certa... Descrito por bocados de calçada mais sabedores que todos nós, mais...detentores da verdade...

Em mim piso, em ti já não venero... Medo, é o que comanda esta minha desordem. Medo de que a história antiga se repita, medo de que ditados populares não estejam errados, medo...mas medo...de quê? De ti...de mim...deles...delas...de nós...dos outros...de todos...de ninguém...já disse do futuro? E do passado? Terei anteriormente referido o presente? Se o fiz, nessa altura não era futuro? E agora não é passado? Então o passado é presente e o presente é futuro fazendo do passado presente... É isso que me atormenta... O passado ser futuro... E o futuro ser passado não me mete menos medo...

Um pequeno e indefeso bebé, sim, o sou...