quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Feridas...

Abriste-me o peito ao meio
Perfuraste-me alma e coração
Continuas a brincar comigo
E não sentes a minha frustração

Da ferida ainda fresca
Sangue jorrou brutalmente
Demurou a parar
No entanto ainda sem terminar

Deste-me outro grande golpe,
Um corte bem fundo,
Um "X" está agora no meu peito
E o sangue esvai-se em catarata

O rio seca
A ferida esncrusta
Volto a ficar na fantasia
Esquecendo o que a vida custa

Mas a acção não cessa
E na ferida remexes e voltas a mexer
As minhas entranhas quase saem para fora
Parece que te esqueceste do que custa sofrer

Ages como se não fosse nada
Como se em ponto algum tivesse a ver contigo
Devias lembrar-te um pouco mais
Do nosso passado inimigo

O sentimento que se sente
Quando se quebra o respeito
Quando tudo desaba
Quande não se consegue pôr direito

A confusão é-nos comum
Ambos não sabemos o que fazer
Divididos em partes sabemos que estamos
E por dentro nos sentimos desfazer

Lembra-te do que dizes e do que fazes
Do que pensas e do que evitas
Não te esqueças que também sei que sofres
Mas que facilmente te irritas

Não é saudável deixar palavras por dizer
E desculpa-me po neste momento o estar a fazer
Mas simplesmente ainda não deu para falar contigo
E possivelmente nem dará para o fazer

Mas gostava de saber como pensas
Acerca de tudo, acerca disto
Acerca de ti, acerca de mim
Acerca deles e acerca de nós...
Saber o que te enrijece e o que te demove

Neste momento receio não ter consciência de nada
Muito do que me disseste há pouco me deixou pensativo
Não me consigo mais exprimir
Nem tao pouco pensar positivo...

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