A solidão envolve-me outra vez
Na escuridão sinto-me a cair
Os braços suaves do infinito aconchegam-me
E os meus olhos contemplam um céu de horrores
Finalmente sozinho comigo mesmo
No exterior da minha alma
No interior do meu ser
Desafio-me vezes sem conta
Definho todo o meu conteúdo
Enforco-me com as minhas entranhas
Miro o espelho profundo e aprecio a imagem
O meu corpo debate-se numa dança de estrangulamento
Tudo escurece
Primeiro gradual, depois bruscamente
A colisão do tijolo na minha carne
A sensação de ossos quebrados a prefurar a pele
Os orgãos desfeitos em papa
E a alma apodrece celestialmente
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