- Estou sozinha… Todos me abandonaram… Até mesmo o Alex que me considerava “companhia para a noite toda”… Está tudo aos parezinhos, aos beijinhos, ao abraços… E eu, triste e desolada, completamente esquecida, temo que esta festa se transforme em mais uma noite de eterno sofrimento…
Marisa abandona o local da festa e parte em direcção às árvores mais obscuras do sítio. Encontra uma que pensa ser capaz de escalar e sobe-a até se sentar num dos seus ramos grossos e altos.
- Tristeza de noite… Lua pálida, voz tremida… Quem sou eu para questionar a minha existência… Tristeza feliz de alguém pobre em sonhos… Vivência aveludada pelas palavras doces de amigos distantes…mas tão perto… Pobres dos que pensam que ser popular é tudo numa vida efémera de desventuras e crânios esmagados… Coitados dos que se acham senhores do universo quando na verdade nem senhores do quarto são... Oh lua, porque não choras se estás só? Porque te manténs sempre serena, sempre brilhante, sempre sorridente, sempre…linda, perfeita e maravilhosa, sempre animando-nos e dizendo que não somos suficientemente perfeitos para vencer na vida. Sabes que mais? Odeio-te! Amo-te! Sinto tudo por ti mas nada disso renego. Perfeita, negação completa de um mundo incompleto cheio de ti… Tretas, sou uma triste…
(Partindo daqui ainda não tenho nada alinhavado, ou seja, criticas, sugestões, palpites, o que quer que seja é bem vindo a este projecto. Lembrem-se, um escritor nada é sem os seus leitores!)
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