Será que tudo o que vivi não foi um sonho?
Será que na minha cama era eu quem repousava?
Será que dentro daquela carapaça a minha pessoa se encontrava?
E será que era eu aquele cavaleiro de armadura de papel?
Será que a morte não é apenas mais um sonho?
Será que o meu espírito não se cansou e se escondeu?
Será que o filme da minha vida quem o realizava era eu?
E será que na vida cumpri o meu dever?
Ou será que deixei montes desmoronar?
Princesas perecer e mares secar?
Amigos partir e desconhecidos ficar?
Quando será que o Ceifeiro aparece?
Será por acidente ou por prece?
E questionar-me-à tanto quanto eu?
Ou levar-me-à silenciosamente para o silêncio eterno?
Desde já me silencio
E por ele espero
Desfaço da minha vida o fio
E espero
Por aquilo que não quero
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