domingo, 3 de junho de 2007

Eu, A Besta

Robusto de mente
Mas frágil no sentir
Tanto erro já cometi
Mas não consigo fugir
É algo que me puxa
E não me quer largar
Mas sinto-me bem assim
Não me quero eclipsar
Penso permanecer
Até o teu coração roubar
Pois a Besta que sou
Pode passar despercebida
Embora por pouco tempo
Basta conheceres-me um pouco
E amansas o selvagem
Mas o bicho é traiçoeiro
E facilmente sai da toca
Depois de um longo período de hibernação
Está de volta para te raptar
E devorar o teu coração
Dando dentadas sem parar
Chupo o suculento sangue
E permaneço insano
Nesta vida desgrenhada
E neste mundo de miséria
Caíndo na emboscada
Talvez por ti preparada
Para me capturar
E com o meu reino de horror parar
Para tu poderes descansar
E a apodrecer eu ficar
E vós uma festa celebrar

Mas não contes com isso
Pois a escuridão é minha guia
E a morte o meu ajudante
Nesta batalha constante
Que pretendo vencer
A todo o custo viver
Pois sou alguém que não pode morrer
E extramamente estúpido para o fazer

Escuridão, Sangue, Almas infernais
Vinde e rodeai-me
Juntai-vos a mim queridas amigas
Apenas vós me entedeis
E sabeis como é ser apedrejado
Várias vezes enforcado
Em muitos dias baleado
Como nenhum outro ser
Alguma vez foi
É penar
É para isso que trabalho
Mas não me querem pagar
Um pouco mais vou ter de esperar
E a mim mesmo vergastar
Até que me venhas salvar
Pois estou a contar com isso
Há já tempo demasiado
E embora não o tenha pedido
Foi-me por ti
Uma vez prometido

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