quarta-feira, 29 de abril de 2009

Escrita de Autocarro

Umas férias que ninguém pediu
Um fardo que só eu carreguei
Uma viagem feita ao interior
Com instrumentos desconhecidos do exterior

Uma vida encurtada pelo silêncio do sol nocturno
Um grito estridente vindo da mais pura estrela negra
O desgosto de perder quem se ama
O final inesperado na curva de um descomunal penhasco

O cair de um anjo num fosso espinhoso
A foice da morte aguarda para acolher mais um demente
O capuz cai, a face é revelada
O assassino das sombras faz uma vez mais cair o pano

Declara-se guerra ao amigo mais próximo
Criam-se alianças com os inimigos mais ferozes
Fazem-se pontes para facilitar o acesso a alvos objectivos
Reproduzem-se soldados para aniquilar o espiritismo

Quebram-se corações
Rasgam-se almas
Desmembram-se mentes
Obliteram-se existências...

Sem comentários: