(Foi por ouvir esta música que iniciei esta escrita, agradecia que quem a lesse fizesse o mesmo. Obrigado)
Por acaso é bastante engraçado quando, ás vezes, vamos dar uma volta nos campos da memória, ver imagens do passado, filmes do que já aconteceu. Por vezes o que mais nos apetece dizer é "para a próxima fico-me por ler o livro", mas não teria a mesma piada, não teria sentido sequer. Ao jogarmo-nos de cabeça é que nos podemos aperceber de que se calhar não estamos a fazer o que seria preferível. Mas enfim, chegamos a um ponto em que julgamos que a vida a bela, depois olhamos para trás... e constatamos que, de facto, a vida é bela, nós é que temos a terrível mania da complicar, maior parte das vezes pelo que passou ou pelo que ainda vai passar, mas quanto ao futuro ainda temos o desconto da incerteza, agora o que ficou lá atrás, lá atrás está, não há muito que se possa fazer. Como por exemplo, já não posso mudar o facto de ter começado a escrever este texto, posso apagá-lo sim, mas isso não significa que não o tenha escrito, possivelmente ainda ficaria mais revoltado a pensar que o deveria ter escrito até ao fim e até mesmo publicado.
(Caso a música anterior ainda não tenha acabado, aprecie-la. Quando o silêncio estiver instalado, por favor, oiça esta. Obrigado)
Meia dúzia de frases sem dizer nada depois, a bottom line da coisa é que é o Passado que nos faz naquilo que somos, se gostaríamos de mudar algo temos de ter noção de que mudaria praticamente tudo. Assim que a poeira assenta é fácil olhar para trás e, não digo rir, mas sorrir com as coisas, ver o que aprendemos, e, sinceramente, dá-me vontade de dar abraços às pessoas que encontrei pelo caminho. Umas posso, outras não. Umas devo, outras não. Umas seria um abraço forte, sentido, e até mesmo com lágrimas nos olhos, outras seria um abraço sem força, sem vontade, sem motivo, sem tudo aquilo que faz de um abraço um abraço.
Um beijo ao meu passado, e um obrigado por me ter feito em quem sou hoje.
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