Há oportunidades que se perdem
Há oportunidades que se agarram
Há oportunidades que se desvanecem
Há oportunidades que se narram
Há ainda outro tipo de oportunidades
As que não se conseguem perceber
Ou que apenas não se conseguem ver
Ficando para sempre na nossa mente
A matutar sobre o que devíamos ter feito
A martirizar-nos acerca de coisas
Bem feitas ou mal feitas
Coisas que se fazem, ou não
Coisas que se sentem, ou não
Coisas que nos observam, durante muito tempo
Sem nos apercebermos somos admirados
Por aqueles que parecem um pouco afastados
Que aos poucos se vão apróximando
De nós, de coisas que gostamos falando
Para que apareça a oportunidade correcta
Aquela que deixamos escapar entre os dedos
Aquela que nos enche com inúmeros medos
Aquela que não temos coragem para aproveitar
Aquela que não nos deixa pensar
Aquela oportunidade assassina
Que muitas vezes nos ensina
Como oportunidades aproveitar
Mas somos induzidos pelo receio
Do que poderá acontecer a seguir
A nossa vida pode mudar
E ao mesmo nunca mais voltar
É melhor deixar-mos ficar
As coisas como elas estão e são
Pois não podemos regressar
Aos tempos que já lá vão
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