Nesta vida há muitos problemas
Pessoas que têm a vida por um fio
Pessoas só com uma perna ou uma mão
Mas decerto ninguém pode escapar
Aos problemas do coração
Por mais que nos esforçemos
Não os conseguimos esconder
Damos sempre passos em falso
Sendo apanhados por alguém
Um pouco mais atento às nossas acções
Que nos persegue inevitávelmente
Apenas por se sentir atraído
E que nos dá sermões
Para olharmos para quem temos à frente
Para pararmos de caminhar
Pois seremos traídos então
Por alguém a quem chamámos irmão
Ou por outro que do nada aparece
Roubando o nosso trabalho de uma vida
Como se fosse uma flor que floresce
E acaba por ser morta
Por um grupo de míudos na brincadeira
Sem reparar na asneira
Que atrás fizeram à pobre flor
Sentimo-nos comparados a outro ser
Humano ou não mas com sentimentos
O coração prega grandes partidas
Das quais não estamos à espera
Pessoas ficam entristecidas
Pela crueldade que nelas impera
Não sabendo mais que fazer
É hora do tudo ou nada
Dando à tal pessoa entender
Os sacrifícios que fizemos
Sozinhos ou em manada
Demonstrando à feliz contemplada
O que fizemos em troco de nada
E o que nunca conseguiremos ter
Uma boa relação
É um objectivo comum
A todos os seres rastejantes
Que esmurecem neste chão
De mãos dadas um a um
Fazendo questões intringantes
A quem por nós nada sente
Seja por uma questão de idades
Seja por uma questão de igualdades
O que é certo e mais que sabido
É que no final de tudo
Acabamos como um verme entristecido
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