domingo, 19 de dezembro de 2010

Scott Pilgrim Vs The World - The Movie (Review)

O mundo é contra ele, e ele contra o mundo. Scott Pilgrim é um rapaz de 22 anos que vive num pequeno sítio com o seu, sempre presente e extremamente comunicativo, amigo gay e faz músicas na sua banda “Sex Bob-Omb”.

Um filme recheado de referências a jogos, algo que deliciará todo aquele que se considere um geek orgulhoso, e após a visualização deste bocado de arte irão sentir-se ainda mais orgulhosos! A história do filme é simples, para conseguir ficar com Ramona Flowers, Scott terá de vencer sete pessoas com poderes especiais com as quais Ramona já namorou. Não será tarefa fácil, e Scott levará porrada como nunca imaginou, no entanto, será isso o suficiente para Scott desistir do amor?

Não faltam os clichés e os hábitos que estamos habituados a ver em filmes (e em jogos!) sempre tratados e utilizados da melhor maneira.

Como pontos altos no filme temos as inúmeras referências aos jogos das décadas de 80 e 90, o humor sempre presente que provoca o riso constante (realço pessoalmente as referências ao veganismo e a cena a la Soul Calibur, em que Astar…Ramona e Iv…Roxy coreografam uma batalha merecedora de, mais um entre os diversos durante toda a metragem, geekgasm) e a banda sonora que não desilude.

Os pontos mais fracos dependem dos gostos de cada um, ou seja, não há nada de mais a apontar.

Um filme que agrada a Gregos e Troianos, dos 8 aos 80 e que será especialmente acarinhado por nerds, geeks, e simples nostálgicos.

E tu? Eras capaz de derrotar sete ex’s apenas por aquela pessoa?

*Esta review encontra-se traduzida em inglês no deviantART, no clube MMOdA (clube que recebe arte acerca de todo o género de videojogos, não deixem de visitar!)*


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Neo-Portal - Capítulo V

- Estou sozinha… Todos me abandonaram… Até mesmo o Alex que me considerava “companhia para a noite toda”… Está tudo aos parezinhos, aos beijinhos, ao abraços… E eu, triste e desolada, completamente esquecida, temo que esta festa se transforme em mais uma noite de eterno sofrimento…

Marisa abandona o local da festa e parte em direcção às árvores mais obscuras do sítio. Encontra uma que pensa ser capaz de escalar e sobe-a até se sentar num dos seus ramos grossos e altos.

- Tristeza de noite… Lua pálida, voz tremida… Quem sou eu para questionar a minha existência… Tristeza feliz de alguém pobre em sonhos… Vivência aveludada pelas palavras doces de amigos distantes…mas tão perto… Pobres dos que pensam que ser popular é tudo numa vida efémera de desventuras e crânios esmagados… Coitados dos que se acham senhores do universo quando na verdade nem senhores do quarto são... Oh lua, porque não choras se estás só? Porque te manténs sempre serena, sempre brilhante, sempre sorridente, sempre…linda, perfeita e maravilhosa, sempre animando-nos e dizendo que não somos suficientemente perfeitos para vencer na vida. Sabes que mais? Odeio-te! Amo-te! Sinto tudo por ti mas nada disso renego. Perfeita, negação completa de um mundo incompleto cheio de ti… Tretas, sou uma triste…


(Partindo daqui ainda não tenho nada alinhavado, ou seja, criticas, sugestões, palpites, o que quer que seja é bem vindo a este projecto. Lembrem-se, um escritor nada é sem os seus leitores!)

Fotos De Casa De Banho Rulam

A sério, as pessoas são tão desesperadas! Epah, ok que eu contribuo para a comunidade "descerebral", mas porra, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! As redes sociais até têm o seu interesse, mas quando se deixa de ver as coisas que realmente interessam e se passam a ver corpos (por vezes maioritariamente nus, quando não estão na totalidade), e as pessoas se gabam do que têm e do que não têm, e se julgam os maiores e os melhores, e depois têm GRANDES fotos com GRANDES poses em GRANDES casas de banho com GRANDES sanitas, a usar AQUELA camisa LINDA conjugada com AQUELE penteado que faz um FUROR TREMENDO por entre pessoal tanto do sexo oposto como do mesmo sexo, e eu questiono "porque?". Porque não usar as redes sociais para fortalecer interesses e travar novos conhecimentos baseados no comum? Enfim, tanto mais teria eu para esmiuçar mas tão pouca vontade tenho agora, foi um simples desabafo e tentativa falhada de ridicularizar a sociedade "destemida" que nos envolve. Hasta.

sábado, 4 de dezembro de 2010

The Guillotine Trilogy



Apenas uma montagem de 3 músicas de Escape The Fate.
A evolução da banda e o lançamento de uma parte da história em cada canção são os factores que me deram a curiosidade e motivação para realizar esta conexão de canções.
Vamos a ver se a coisa tá bem feita.

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So lock and load
Mercenaries
I see the smoke from the hilltop
They march one by one

The battled starts
Adversaries
We bathe in our blood
The worst is yet to come
(We've reached the covenant)
To kill what we have started
(Kill the machines)
We've spawned to fight
In the darkest hour

They really need to know
We really gotta go
(We fight to live, we fight for pride)
They really need to know
(we won't back down, the weak won't survive)
We really gotta go

We stay here tonight
(Don't let them find us or we're dead)
Promise me you won't leave my side
(The warmest place to lie my head)
And when the sun comes up we fight
(Don't let them find us or we're dead)
So promise me you won't leave my side
(Trace the blood back to the grave)

The smoke has cleared
Thousands are destroyed
(They send signals, no salvation)
We fight in lock out
Scope is ready to go
Armed with explosives
(Spartans stand alone)

They really need to know
We really gotta go
(We fight to live, we fight for pride)
They really need to know
(we won't back down, the weak won't survive)
We really gotta go

We stay here tonight
(Don't let them find us or we're dead)
Promise me you won't leave my side
(The warmest place to lie my head)
And when the sun comes up we fight
(Don't let them find us or we're dead)
So promise me you won't leave my side (2x)

Charge the gates
With rust on their gears
They seek destruction
And kill the functions (3x)

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We have to find a better way
Out of this tragedy
As the battle rages on
Blood Stains the ground we´re on
My ears hear only screams
Brave soldiers are dying
One Spartan stands alone
And Shouts
This War is Ours
This War is Ours

Yes, I will see you through the smoke and flames
On the frontlines of war (We have to find a better way)
And I will stand my ground until the end
till we conquer them all (we have to find a better way)
Oh
Through the fire and the flames
a sea of dead drives me insane
We march the fight into the cold
this is as far as it will go
the batle ends on the top here
this is where we conquer them
on blackout armed with you swords

This war is ours, yeah
this war is ours

Yes, I will see you through the smoke and flames
On the frontlines of war (We have to find a better way)
And I will stand my ground until the end till we conquer them all (we have to find a better way)
till we conquer them all
Oh

Yes, I will need you through the smoke and flames
On the frontlines of war
And I will stand my ground until the end till we conquer them all
We will conquer them all
We will conquer them all
We will conquer them all
Oh

This war is ours. Yeah
This war is ours
Yes, I will see you through the smoke and flames
On the frontlines of war
And I will stand my ground until the end
till we conquer them all
Oh
So I will fight my battle till I fall
and I conquer them all
till we conquer them all
Oh

Go
Yeah

This is war
war
war
war
war
war
war
war
war
this is war

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All of their bodies around me.
I hear their voices inside.
The battle's over.
This war has been won.
Visions haunt me in my dreams.
Visions of what I've done.
So much blood shed.
Now am I worthy to come home.

My God forgive me
For all of the bodies
I've taken in batter.
Oh God don't forsake me.

I will stand right by your side.
I have made it through the fight.
Now I'm coming home,
Now I'm coming home.
I will stand right by your side.
I have made it through the fight.
Now I'm coming home,
Now I'm coming home.

I've been knee deep in water.
It's time to be set free.
So devastated.
The damage has been done.
So violated. Like I've been
raped and left for dead.
I'm lying naked.
I'm lying naked on the floor.

My God forgive me
For all of the bodies
I've taken in battle.
All's fair in love and war.

I will stand right by your side.
I have made it through the fight.
Now I'm coming home,
Now I'm coming home.
I will stand right by your side.
I have made it through the fight.
Now I'm coming home,
Now I'm coming home,
Yeah, I'm coming home.

This is the last time I
raise a fist to fight.
Reach out your hands to me
and let's just disappear.

This is the last time I
raise a fist to fight.
Reach out your hands to me
let's just disappear.

I will stand right by your side.
I have made it through the fight.
Now I'm coming home,
I'm coming

I will stand right by your side.
I have made it through the fight.
Now I'm coming home,
Now I'm coming home.
I will stand right by your side.
I have made it through the fight.
Now I'm coming home,
Now I'm coming home,

Yeah, I'm coming home
Yeah, Yeah, I'm coming home
I'm coming home

This is the last time I
raise a fist to fight.
Reach out your hands to me
let's just disappear
let's just disappear.

sábado, 13 de novembro de 2010

Neo-Portal - Capítulo IV (Continuação)

Sal desce. Embora tenha um sentido de moda um tanto peculiar, nesta noite esmerou-se. Vestindo apenas uma espécie de soutien de cabedal com picos à volta e um pequeno casaco de cabedal de manga curta, um choker, luvas sem dedos até aos cotovelos e com picos, calções de cabedal, cinto de picos e botas de combate.

Entram para dentro do jipe de sete lugares no qual Jonas os aguardava.

- Mas afinal de contas onde vamos? – Pergunta Alex impaciente.

- Já vês mano. – Diz Sal.

- Tu sabias de alguma coisa Fred?

- Estou tão surpreso quanto tu.

Chegam a um descampado onde se encontram vários veículos estacionados.

- E pronto, descemo-nos aqui. Ainda vamos ter de andar um pouco a pé, mas é coisa pouca. – Diz Jonas.

- Afinal de contas onde nos levam?! – Diz Alex cada vez mais impaciente.

- Cala-te e anda! – Ordena Sal.

Após uma caminhada de cerca de dez minutos começam a ouvir música bastante alta e a ver luzes ao fundo.

- Corram! It’s rave time!! – Grita Jonas encorajando os mais novos e começando a correr tanto quanto podia.

Alex pára por breves momentos mas ao ver-se ser deixado para trás começa a correr para acompanhar o resto do grupo. Quando chegam à origem das luzes conseguem ver um enorme letreiro luzidio onde se lê “PARABÉNS ALEX”.

- Quem foi o camelo da treta que fez isto?! – Questiona Alex perplexo.

- Prendinha da maninha grande! – Desvenda Sal sorrindo bastante.

- Tu és…a melhor mana que eu podia ter! – Diz Alex abraçando-se a Sal.

- O mano emprestado também ajudou. – Diz Sal apontando para Jonas.

- Obrigadão mano emprestado!

- Sempre às ordens puto. Mas vai lá curtir a tua big Party!

Alex e o resto do grupo misturam-se na multidão que já lá se encontrava. Luísa agarra em Fred e começa a dançar com ele, já Marisa e Alex vão à procura de algo para comer.

- Bem a tua irmã está mesmo a tentar tudo com o meu irmão…

- É… Um bocado…

- Que dizes em relação a isso?

- Desde que nenhum deles saia magoado…

- Sim, também acho… Bom, horinha de encher a barriga, está ali uma mesa cheia de coisinhas boas. O último a chegar é um ovo podre!

- Só cresces em idade… E depois quem te atura sou eu!

- Só aturas porque…

Alex é interrompido por um golpe de pontapé que lhe acerta nas costelas.

- Considera isto o meu presente…pacóvio… - Diz uma figura escura que depressa desaparece.

- Mas quem…au…

- Alex estás bem?! Que te aconteceu?!

- Estou óptimo! Acabei de ser derrubado por um parvalhão qualquer que me espetou um pontapé sem motivo nenhum! Óbvio que estou excelente! – Grita Alex.

- Desculpa…

- A culpa não é tua… Desculpa eu…

- Tão cedo e já no chão? – Diz Rita, acabada de chegar.

- Pois sim, sabes como é, não se desperdiça tempo.

- Pois. Mas esta ideia da rave foi brutal! Não sabia que eras tão fixe. Subiste bastante na minha consideração. Pode ser que depois de algumas bebidas ainda tenha um tempinho só para ti…se é que me entendes…

- Agradeço mas dispenso. Para além de já ter companhia para a noite toda, restos não fazem parte da minha lista de opções.

Rita pega em Alex pelo pescoço e encosta-o a uma árvore.

- Ouve bem puto. Não é por seres o anfitrião desta festança que podes tratar-me assim. Se eu quisesse acabava contigo aqui e agora e demasiado rápido para dares conta, portanto, se eu fosse a ti pensava mais antes de falar outra vez.

Após este pequeno discurso Rita cospe na cara de Alex e larga-o, depois desvanece nas sombras.

- Mas que raio é isto hoje que tudo te acontece?! – Pergunta Marisa já irritada.

- Olha isso queria eu saber! Esta gente está toda maluca!

- Anda, vamos para onde os outros estão.

Quando Alex e Marisa se encontram com o resto dos companheiros já estes se encontram um pouco alcoolizados. Leo chega-se perto de Alex e cumprimenta-o.

- Então rapaz, como estás? Parabéns miúdo! Esta festa está, numa palavra, excelentemente brutal!

- Pois, e tu estás, numa palavra, bêbedo…

- Só um bocadinho, mas não se diz nada a ninguém.

- Fica descansado que desta boca não sai nada.

- Não sai mas tem de entrar! Anda daí beber qualquer coisa!

- Eu acho melhor não…

- Vai puto, são os teus anos, podes beber, olha só para os teus manos!

Alex olha para trás e vê Fred aos beijos com Luísa e Sal com Jonas.

- É, talvez não faça mal…

Alex segue caminho com Leo deixando Marisa para trás.

domingo, 10 de outubro de 2010

Neo-Portal - Capítulo IV

O relógio de cuco da sala de estar dos Antunes marca as 20.00 horas e acabando o cuco de se recolher a campainha toca.

- É para mim! – Diz Alex correndo para a porta. Ao abri-la repara que não está ninguém. – Está aí alguém? Olá?! – Luísa dá-lhe um beijo na bochecha esquerda ao mesmo tempo que Marisa lhe dá um beijo na bochecha direita.

- Estamos sim! – Diz Marisa a rir-se – Vamos andando?

- É só o Fred acabar de se despachar…

- Irra que é pior que as raparigas! – Exclama Luísa.

- Já estou pronto, vamos? – Diz Fred ao descer as escadas – Luísa? Marisa? Onde foram buscar essas roupas?

- Se não te agrada não podemos fazer nada. Temos pena!

- Não é isso Luísa… É que… Acho que nunca vos tinha visto assim vestidas…

- Ah! Quer dizer então que gostas? Ainda bem. – Diz Luísa ao sorrir bastante.

Luísa tem olhos verdes e cabelo loiro, curto e sempre espetado, visual comum em rapazes, e não usa qualquer tipo de maquilhagem, mas nesta noite usa uma maquilhagem preta leve e o seu cabelo encontra-se totalmente despenteado, de uma maneira que a torna ainda mais sexy que o habitual. As suas roupas comuns são largas, normalmente um número acima, sempre com blusas com gorro e calças pelas virilhas, no entanto nesta noite traz um pequeno top que lhe deixa o umbigo descoberto e uns calções que lhe cobrem as pernas até pouco abaixo dos joelhos, a única coisa a que se mantém fiel é o calçado, uns ténis pretos e verdes dentro dos quais os seus pés nadam.

Já Marisa não parece afastar-se muito do seu estilo habitual. Dotada de cabelo loiro e olhos verdes, tal qual a sua irmã, mas o seu cabelo é mais comprido, ainda que não muito, não ultrapassando a linha dos ombros e usa uma maquilhagem leve, para disfarçar o que considera errado na sua face. As roupas que veste no seu dia-a-dia são maioritariamente blusas justas assim como calças justas por vezes combinadas com saias. Nesta noite o seu visual é outro, cabelo escorrido tapando-lhe um olho, maquilhagem preta carregadíssima, uma blusa decotada mas com gola alta e sem mangas, luvas finas que vão até pouco acima do cotovelo, mini-saia de ganga preta e botas de combate.

- Mas olha que essas tuas roupas também não são nada comuns em ti. – Repara Luísa.

Fred comummente veste camisas largas e com cores alegres por cima de t-shirts engraçadas e criticas, que combinam com o seu cabelo castanho curto e lhe dá um ar de surfista despreocupado. As pernas são sempre protegidas por calças de ganga rasgadas e os pés por uns ténis iguais aos de Luísa, que lhe foram dados por ela. Nesta noite o rapaz que ultimamente não tem andado assim tão despreocupado quanto a sua aparência aparece com uma camisa justa, preta e abotoada, mas mantendo os ténis e as calças.

- Só porque mudei a camisa…

- E porque é preta, e tu detestas preto, e porque a abotoas-te e andas sempre com ela ao vento.

-É… Decidi mudar um pouquinho…

Ouve-se ao longe a buzina de um carro que pára em frente a este grupo pronto para sair.

- Como é? Wanna ride? – Quem usa esta frase é Jonas, namorado de Salomé.
Jonas Freakalot tem cabelo negro e o seu penteado é do mais esquisito que se pode imaginar, um mohawk ao centro da cabeça mas com cabelo um pouco comprido e escorrido de lado e mais longo da parte de trás, tem barba no queixo e dois piercings no lábio inferior, um do lado esquerdo e outro do direito. Sempre veste t-shirts de bandas de Metal e um casaco de cabedal com o brasão da sua família, calças alternativas, maioritariamente cyber, e botas de combate. Também é adepto das pulseiras de picos, sendo detentor de uma enorme colecção. Tem um jipe que leva para todo o lado.

- Vieste buscar a minha irmã? – Pergunta Alex.

- Sim, mas também vos vim buscar a vocês.

- A nós? Mas nós vamos jantar…

- Pois vão, connosco. Vai lá ver se a tua irmã já está despachada que já devíamos estar a caminho.

- Não vai ver nada! Não te atrevas a subir puto! – Grita Sal da janela do seu quarto – Já agora, gostas da prendinha da maninha?

- Vais-me dar o Jonas?

- Puto, não ias aguentar comigo…

- Não maninho, não é o Jonas.

- É o que então?

- Uma viagem à Disneyland!

Alex olha para Sal com cara de quem fica arrependido por dar ouvidos a alguém.

- Deixa estar que já vês puto pequeno.

- Ok, mas despacha-te!

domingo, 26 de setembro de 2010

Utopia

Sonho com uma Utopia.

Com um mundo de músicas de Verão e sons de Inverno, contrastes entre os pântanosos Outonos e as fluorescentes PrimaVeras.

E tudo Numa Noite

sábado, 4 de setembro de 2010

Neo-Portal - Capítulo III (Continuação)

Mais tarde, na escola, Fred e Alex encontram-se com as gémeas Luísa e Marisa.

- Fred, como estás hoje? – Pergunta Luísa.

- Igual… O mudo não muda porque havia eu de mudar?

- Mas sabes que estar assim não te ajuda em nada certo? É que se vais estar assim o resto da tua vida por causa duma rapariga, temos pena amigo, mas a tua vida vai ser uma perda de tempo.

- É, possivelmente seria melhor acabar já com ela então…

- Oh rapaz! Estás mesmo podre! Deixa-te dessas coisas! Hoje é sexta, sais comigo!

- Saio nada, tenho mais que fazer…

- Quer queiras, quer não eu passo na tua casa para te ir buscar. E prepara-te porque vais ter um muito, mas mesmo muito bom momento. E não quero cá saber de mariquices e “ah o mundo é uma porcaria cinzenta”! Só vives uma vez! Aproveita essa oportunidade única, ok?

- Não posso prometer nada, muito menos isso.

- Então parabéns Alex! É hoje não é? – Diz Marisa.

- É sim, obrigado!

Nisto vai Rita a passar por trás do grupo quando ouve a conversa.

- Fazes anos hoje Alex? Então parabéns. – E dizendo isto Rita beija Alex.

- Obrigado… Acho eu… - diz Alex bastante perplexo.

- E quanto a ti Fred, não fiques tão mal por causa de um pequenino mal entendido. Afinal, não é nada pessoal. – E mandando um beijo para Fred, Rita mistura-se com a multidão.

- Até contigo?! É que de todas as pessoas nesta escola, porquê tu?! Porra pá! – Fred grita com Alex e desaparece.

- Mas Fred…eu não quero nada com ela…

- Deixa lá Alex, ele agora precisa de estar sozinho… mas logo à noite, ele vai ter um bom momento para espairecer… Eu prometo-te, não te preocupes… - Diz Luísa ao tentar acalmar Alex.

- Sinceramente estou mais preocupado contigo que com ele…

- Ele não há-de ser tão má companhia…

- Sim, mas mesmo assim não te esqueças que hoje é para irmos jantar todos ok?

- Descansa rapaz, nós vamos. Mesmo que ela depois vá embora, eu fico lá. – Diz Marisa com um sorriso reconfortante.

- Vamos lá ver o que sai de lá…

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Dança Das Ondas

Nesta dança mágica
Cheia de pura emoção
Corre uma energia fantástica
Dentro do meu e do teu coração

É sentir o fresco da noite negra
E sentir o calor do corpo febril
É sentir falta do que não chega
Como sentir na cara a chuva de Abril

De volta de uma guitarra sem cordas
Sem saber que som emitir
Continuando a dança das ondas
Que nos nossos corpos se faz sentir

É a condição desalmada
De ser um alguém sem fulgor
É perder-se nas sombras da calçada
E encontrar-se nos braços do amor

Lupus Homine

Em noites escuras
Quando melodiosas notas pairam no ar
Cometemos loucuras
E aceleramos sem parar

Horas a fio
Noites até ser dia
O amanhecer leva consigo
As lembranças que eu conhecia

A esfera grande e luminosa
Brilha hoje mais uma vez
Sorrio para ti, oh dama formosa
E esqueço-me dos porquês

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Neo-Portal - Capítulo III

Novo dia começa na casa da família Antunes e para espanto de todos Alex já se encontra levantado. Toma banho pela hora que o sol se levanta, após uma corrida matinal, coisa que não se relaciona nada com o Alex que todos conhecem, e sai da casa de banho com um enorme sorriso na cara.

- Bons dias irmão! – Diz efusivamente.

- Fala baixo puto… - Responde Fred ainda bastante ensonado.

E Alex segue em direcção ao seu quarto. Fecha a porta, atira a toalha, que o cobria da cintura para baixo, para cima da cama, abre as cortinas e a janela e sente o vento a bater-lhe no peito nu.

- Que belo dia que está… Céu azul, brisa fresca, sol brilhante…

Nisto um pequeno cocó de pássaro cai no seu pé esquerdo.

- E merda de pombo! Agora sim tenho o dia completo. – Diz enquanto limpa o pé.

Abre o seu armário para retirar roupa para vestir e fica parado um pouco a olhar-se no espelho. Cabelo loiro, corpo no geral franzino apenas com pequeníssimas saliências, às quais gosta de chamar músculos, nos braços e pernas, e uma fila estreita de pelos claros que se inicia no seu umbigo e segue para baixo. Aproxima a cara do espelho para que possa admirar melhor o seu rosto. Olhos castanhos-claros um tanto amarelados, uma pequena penugem nos lados da sua face e no queixo e um pequeno bigode normal na puberdade.

- Sou mesmo bom… - Diz para si próprio ao mesmo tempo que faz poses para salientar os seus músculos.

- Continua a dizer isso a ti próprio por muitas vezes, pode ser que consigas convencer alguém. E tapa esse penduricalho, ninguém tem interesse em ver isso.

Alex apercebe-se de que está nu e tapa o seu pénis com as mãos.

- Cala-te Salomé! Também ninguém quer saber de ti e andas sempre de roupa interior pela casa!

- Pois ando, mas EU sou boa, e tenho quem to possa garantir maninho – Salomé sorri e entra para o seu quarto.

- Ranhosa… Mas tenho de cortar este bigodinho, fica-me mal.

Alex despacha-se calmamente e desce as escadas que levam à cozinha.

- Sim mãe, sabes que aqui o nosso querido Alex deve andar atrás de algum rabo de saia. – Relata Salomé à sua mãe.

- Oh Sal deixa o teu irmão em paz.

- Pois é Sal! Deixa o teu irmão em paz. – Diz Alex para reforçar a ordem de sua mãe e para sua auto-defesa.

- Está calado miúdo. Lá porque fazes hoje anos não significa que vá ter mais respeito por ti.

- Mas devias! Quinze anos já são uma boa marca, já devias ter-me algum respeito.

- Miúdo, a sério, cala-te…

- E tu Fred, não te manifestas?

- Não tenho nada a dizer, estou completamente vazio de palavras…

- De há duas semanas para cá tens estado muito profundo, mas muito vazio. Já não fazes o mesmo que fazias, às tantas já não és o mesmo…

- Que sabes tu do que falas?! Irrita-me que as pessoas falem do que não sabem como se soubessem do que falam! – Fred diz isto ao mesmo tempo que joga a torrada contra o prato, agarra a sua mochila e sai de casa.

- Frederi… - Renata é interrompida pelo seu telemóvel. – Renata Penetra, bom dia!

- Até logo mãe. – Dizem Alex e Sal à medida que abandonam a habitação.

- Sim…estou a ver…certo… Mas repare que é algo muito precipitado…sim…sim, compreendo perfeitamente, mas mesmo assim…está bem, não se volta a repetir, peço imensas desculpas se o ofendi… - A chamada termina. - Não podia esperar mais um pouco? Oh raio…

Crónicas De Um Sem-Nalga: Recuperação



E agora, passado cerca de mês e meio, posso dizer que já me sinto operacional a (quase) todo o vapor!
Estou ciente de que foi uma recuperação rápida e de que ainda nem tudo está a 100%, mas sinto-me bastante esperançoso de que já não demore a atingir tal patamar.
O que faz parecer que estás crónicas comecem a ter os dias contados...
Carpe Diem

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Tekken, O Filme Que Tem Algumas Semelhanças Com O Jogo

Pois bem, depois de muito esperar consegui finalmente ver o filme baseado no jogo Tekken!

E que querem que vos diga? É mais um filme baseado num jogo, não um jogo em formato de filme. No entanto deixo-vos aqui a minha opinião baseada em vários pontos de vista.

1º Como fã incondicional que sou desta serie de jogos, adoro toda a história, desde as personagens mais "importantes" até às mais recentes e pequenas. E é muito triste para um fã ver que o jogo apenas serviu como uma pequena parte da base do filme. Apenas se encontram pouco mais de uma dúzia de personagens do jogo das quais nem metade tem qualquer protagonismo. Maiores erros ainda no campo das personagens, de fora ficaram Paul e Hworang, que penso que são personagens importantes para o desenrolar da história principal; depois terem sido inseridas personagens como Raven, Dragunov, Miguel Rojo (que no filme é referido oralmente como Miguel Roja, o que se torna um tanto irritante). A caracterização das personagens presentes é ou muito boa, ou muito má, se bem que apenas se considera muito má a caracterização dos Jacks (que nada têm a ver com os do jogo, no filme são simples guardas com fatos de kenpo (penso eu) e metralhadoras). Já chega de falar das personagens. Adiante temos a grande diferenciação de contextos, por exemplo Mishima Zaibatsu foi substituída pelo nome de Tekken, e o passado das personagens é diferente do original. Outra coisa que não fez sentido foi o facto de os lutadores usarem armas no torneio, ok o Yoshimitsu também no jogo usa a sua faquinha, e seria baixo o oponente não utilizar também uma arma, mas fora isso não faz sentido, Tekken é uma serie de beat'em up, porrada bruta e simples, sem armas, apenas técnicas físicas e um tanto sobre-humanas. E vou-me ficar por aqui se não conto o resto do filme. Portanto, como fã, não fiquei totalmente desiludido, mas acho que podiam ter feito um filme muito melhor se não quisessem por tudo de uma vez.

2º Pondo-me no lugar de alguém que desconhece a história de Tekken, achei o filme apelativo e mesmo divertido, Com óptimas cenas de luta, nenhum ponto morto, sempre está a acontecer algo, seja acção fulminante ou apenas revelações, e o enredo criado foi algo apelativo à juventude de hoje em dia relatando festas, beijoquices, desentendimentos familiares, assassinos atrás de jovens, tudo coisas que acontecem na vida de qualquer adolescente dos dias de hoje... ou perto disso... A banda sonora encaixa perfeitamente. Depois dos créditos é mostrada uma cena que dá indicações de que uma sequela pode estar a ser ponderada. Um bom filme de acção para se ver com amigos, ou até mesmo sozinho, numa daquelas tardes/noites em que não há nada melhor para fazer.

E pronto, ai têm a minha opinião. Agora basta ver a recepção, que pelos vistos não parece ser estar muito famosa visto que o filme apenas estreou nos cinemas japoneses e já se encontra em dvd.


sábado, 7 de agosto de 2010

Labirinto Porque És?

Pelos old times
As noites on the bar
As old nights com o old friend cá na town
As shitty ass bubaderas
And then...
The nada, puf, the work of knowing nothing.
Toda a sensação de ter o mundo nas mãos, e porque? Para isto? Isto é algo mas e se nada fosse? Caminhando adiante... No outro sítio, nada muda... As mesma fantasias, as mesmas desilusões... O galopar do ancião de fogo que persegue as almas penadas. O bom, o mau… e, não o intermédio, não o do meio, o de fora. Ambos experienciados, todos testados, e agra o último fixado.
Erros, aprender com eles. Dedos apontados, talvez sem razão, talvez acompanhados dela, mas não se pode fugir à realidade. E hoje, agora, talvez seja tarde demais, ou quiçá ainda cedo. A ligação, o anel unido que envolve o todo, quebrado devagar mas por completo, o culminar do que possivelmente nunca foi. Depois o vazio, o nada, o espaço em branco, a matéria negra.
Palavras deitadas ao ar, este com mais significado que as mesmas porém, o sim que diz que não, o talvez que diz que não, o provavelmente que diz que não, e ainda o obviamente que claramente diz que não. Mal entendidos super-referidos e a exaustão de querer compreender, ou a falta dela. Rejubilar apenas no dia do nunca, no dia não realizado, no dia do universo decerto paralelo e avistar a paz negra de uma estrela vermelha.
E contudo, novamente, a percepção mantém-se, mas com ela, a crescente vergonha de sentir. Nada de desculpas, nada de perdões, apenas nada. Compreensão é tudo o que resta, e uma discussão civilizada para a anteceder.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Crónicas De Um Sem-Nalga: Ciclo

Retirar adesivo, retirar compressas,abrir, retirar gase, desinfectar, fechar, lavar, limpar, abrir, inserir gase, fechar, pôr compressas, adicinoar adesivo.
REPETIR

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Neo-Portal - Capítulo II

- Mr. Seixo. Mr. Seixo Paulo. – Uma voz mecanizada chama.

- Sim, sim, estou a ir… Esta gente não sabe esperar. – Profere um personagem já meio calvo – Então vamos lá ver que foi agora… Yes, It’s me here!

- Oh Mr. Seixo, glad you could make it. I am so in need of your services. – é um homem muito mal encarado quem fala.

- You know how it’s done. Leave the envelope at the exit.

- Thanks for everything Mr. Seixo. – O homem sai com um ar parcialmente renovado, como se ventos frescos lhe limpassem a alma.

- Estes americanos da treta, não sabem fazer as coisas sozinhos… E depois vêem ao meu gabinete incomodar-me… Paspalhos… Mas vamos lá ver o que este agora quer… - abre o envelope e desenrola a folha – Hmm… “Three guys ate my wife…” Boa, e que quer ele que eu faça? O corno é ele! Tenho pena mas nada posso fazer. – e joga a folha para um monte de outras tantas idênticas.

Senhor Paulo Seixo, português sonhador em busca de uma vida melhor, residente numa pequena província dos Estados Unidos, perto de um, também este pequeno, aeroporto. Tem um gabinete que ajuda casos…não se sabe de quê, e muito menos se sabe como ajuda, mas alega fazê-lo.

À noite, já pronto para dormir, vem à cabeça de Paulo uma imagem do pedido de ajuda que recebera anteriormente naquela tarde. Um pressentimento de que havia algo que lhe tinha escapado. Assim, procurando deixar a sua mente mais limpa, levanta-se para ir até ao seu escritório e, quando lá chega, nota em falta a carta que procurava. Revista o escritório de uma ponta à outra e tentando não se irritar, pois só ele sabe como é difícil de se acalmar quando se irrita, respira fundo e olha pela janela, uma linda e maravilhosa lua cheia preenchia o céu, rodeada de poucas nuvens escuras, e com um tom um tanto ou quanto alaranjado. Pasmado, fica a contemplar tamanha beleza nunca antes vista por aqueles olhos. Eis quando ouve um barulho vindo da cozinha de sua casa. Um pouco assustado, mas nada que pudesse deixar transparecer, caminha lentamente até a cozinha onde encontra um pequeno anão a revistar-lhe o microondas.

- Minimeu? És tu? – Pergunta em tom de surpresa, medo e gozo.

- Minimeu o cara…ças! – Retalia ferozmente o pequeno ser.

- Que procuras?

- Algo que ainda não encontrei! Mas onde poderás tu tê-la escondido…? Diz-me!

- Mas escondido o quê? Eu não tenho nada a esconder!

- A não ser a própria face! Nem aqueles que te contratam sabem a cara de quem os safa dos problemas!

- Porque isso tornar-se-ia um problema para mim! Mas diz ao que vens! Ordeno-te!

- OK, eu vou-te dizer… - Num golpe muito baixo e desviando a atenção de Paulo, o anão joga-lhe os grandes dentes afiados à barriga e deixando-o gravemente ferido, foge pela janela.

Paulo nem soube ao certo o que lhe aconteceu. Como poderia uma criatura tão pequena ter tanta força nos maxilares? Onde iria um ser humano buscar tanta força? Era algo sobrenatural. No entanto a sua noite apenas começara e os barulhos não cessavam. Levanta-se a muito custo e, de olhos bem fechados, segue o som até à sua origem. Uma sonoridade cada vez mais ruidosa e horrenda deixa de se notar no momento em que entra no seu quarto e vê a carta que procurava há pouco. Pega nela e lê-a com mais atenção.

“Three guys ate my wife… but she keeps walking around in the neighborhood! She is falling into pieces! She is fucking rotten!!!” Escandalizado com o que acaba de ler, Paulo deixa de sentir quando leva com uma enorme pancada na cabeça. Desmaia por breves segundos e quando recupera os sentidos uma mulher meio podre tenta comê-lo vorazmente. Empurra-a, não sabe bem com que força, e consegue escapar de debaixo da desconhecida. Sente algo a efervescer na sua corrente sanguínea e joga-se com tanta força contra a, chamemos-lhe zombie, despedaçando o que faltava. Com o apartamento cheio de sangue, Paulo sabe que não pode permanecer ali por mais tempo. Volta a agarrar na carta e com o sangue que lhe escorre pelos dedos escreve, com letras bem grandes e sobre tudo o que já se encontrava escrito, “DONE”.

Após um bom banho, uma mudança de visual e a aplicação de um perfume irresistível, Paulo rouba um pequeno avião do aeroporto e debanda dali.

- Óptimo, agora saber como se guia isto como deve ser…

Após viajar meia dúzia de quilómetros, já vendo a costa lá bem ao fundo, perde o controlo do avião, que se despenha, caindo em pleno mar…

terça-feira, 27 de julho de 2010

Detective Tourette

Noite fria, gelada. Sigo eu o suspeito, a pé, com a típica gabardina e chapéu de quem não quer ser descoberto. Vejo-o entrar por uma porta, numa rua pouco iluminada, e paro para pensar se seria boa ideia entrar. Decido esperar e fico escondido atrás de um carro estacionado. Após uns minutos ele sai, acompanhado por dois homens armados. Saio de fininho, regresso ao meu carro e repenso a minha estratégia. Volto a seguir o suspeito, desta vez de carro, e peço alguns reforços. Após o pedido depressa encurralamos o suspeito e assim, saio do veículo e revelo-me.

- O senhor tem o direito de per...caralho fodasse merda...manecer em silêncio.

- Ahahahahahahah! E é um descontrolado como tu que me diz isso?

Perco o controlo de vez e esmurro-o até que este fica inconsciente. Volto para a esquadra, deixo-o à entrada com os meus colegas e vou para casa, no entanto ainda os ouço conversar.

- Viste o que ele fez ao gajo?

- Ainda isso não é nada. Dizem que já arrancou as mãos a um par deles para que não pudessem agarrar em nenhuma arma.

Tento ignorar todas as bocas irreais e foco-me na minha vida. Mas... é cada vez mais difícil. Tudo pelo que me esforcei tem começado a quebrar. Desde pequeno que estou ciente de que tenho Síndroma de Tourette, e sempre recusei medicação, sempre acreditei na minha força interior, e até há uns tempos sempre consegui superar as coisas, umas mais facilmente, outras com mais dificuldade. Consegui terminar a escolaridade obrigatória e ainda prosseguir estudos, e encontro-me hoje numa esquadra da polícia ocupando um cargo de detective, ou coisa parecida. A minha família sempre me apoiou, embora pela noite fora ouvisse os meus pais a chorar e a questionarem-se onde teriam errado. Quando tinha os meus 20 anos o meu pai faleceu e a minha mãe desapareceu, fiquei sozinho no mundo. Amigos nunca os tive, nem nunca me interessei em tê-los, se sempre consegui tudo sozinho nunca vi mal algum em continuar assim. No entanto um ombro no qual pudesse repousar era algo que neste momento não recusaria.

Novo dia, e pelas 8.30 da manhã já me encontro na esquadra a estudar novo caso.

- Oh barulhento! Vê lá se te controlas da próxima! Precisamos deles em condições de falar! Palhaço da treta, aberração!

Levanto-me e saio. Sempre evitei o diálogo o máximo possível, tudo corre melhor enquanto mantenho a boca fechada. E como já sabia que trabalho me esperava não olhei sequer para trás. Havia algo neste caso específico que me chamava, uma espécie de dejá vu quando olhava para a assinatura nos documentos que se encontravam no processo. Enfim, há-de ser apenas impressão. Levo alguns dias a seguir o suspeito, que continua a manter aquela chama de algo familiar.

- Então fala-barato, já há avanços? Tão pá? Não te ensinaram que deves responder a algo quando te perguntam?

- E não vos ensinaram a ter...porra colhões...respeito?

- Tu não tens nada que dizer sobre isso. Não dizes uma frase sem um palavrão. - e levanta a mão com a qual me esbofeteia em seguida, habituei-me ao fim de alguns meses, mas é um mau hábito.

- Fartei-me de todos vós! Puta cona! - E saio, indo terminar oi meu trabalho.

- Vai e não voltes! Criatura do diabo...

Sempre fui gozado, não é de agora. Sozinho também sempre estive, mais ainda desde que os meus pais desvaneceram, frequentava eu ainda o ensino secundário. Mas sinto-me demasiado cheio, já prestes a explodir. Como se tal não bastasse, fiz o meu trabalho de casa e descobri que o meu criminoso não é senão um ex-polícia do outro lado do mundo, e mais, meu avô. Marquei um encontro com ele perto duma falésia extremamente rochosa, ele é demasiado perigoso, e eu também, portanto nenhum de nós deve andar à solta. Quando chego ao local não se vê mais nada nem ninguém para além de mar e algumas dezenas de metros de rocha. Saco de um cigarro, nunca fumei, mas como dizem, há sempre uma primeira vez para tudo.

- Não devias fazer isso...neto.

- Olá avô. - Falo sem tirar os olhos de uma gaivota que sobrevoava o mar azul de uma tarde de inverno. Dirijo-me depois ao porta-bagagem do meu automóvel. Avô...picha ranhosa com mel de foda...importa-se de chegar aqui? Tenho algo...cacetes de peluche...que lhe gostava de mostrar...

- Sabes, conheci uma vez alguém com o mesmo problema que tu. Existem medicamentos que te podem ajudar. Mas por enquanto, o que me querias mostrar?

Ao chegar perto do porta-bagagem o velho recebe um murro meu no estômago e atiro-o para dentro da mala do carro.

- Gosto em saber. - Fecho-o lá dentro e ligo o carro, ponho uma pedra no acelerador e faço o carro atirar-se do íngreme penhasco. Oiço depois o barulho do carro explodir após ter embatido contra as rochas, e ver o mar a reflectir as luzes da reacção explosiva é algo lindo. Chego-me à beira da falésia e ajoelho-me. Oiço paços e passo a vista por cima do ombro. Tiro a pistola e meto-a na boca. - Olá mãe...cara... - Primo o gatilho.

NIGHTMARE

Saiu hoje o mais recente álbum da banda de Heavy Metal norte-americana Avenged Sevenfold.
Li, especulei, ouvi, gostei, desapontei-me.
Gostei da rapidez do álbum, as músicas mais brutas, a diversidade nas faixas, enfim, uma viagem por um pouco do trabalho da banda.
Como grande fã, a notícia da morte de Rev deixou-me transtornado, e este trabalho é sim uma óptima homenagem a essa grande personalidade da bateria, da música e do mundo.
No entanto, o tom das diferentes músicas torna-se um pouco igual, o conteúdo das letras também não difere assim tanto, e isso é compreensível, mas desapontante.
Aconselho o álbum, é bom de ouvir uma vez por outra, mas não estão no seu melhor, e ninguém lhes pedia isso.
O Pesadelo é como o levantar de uma fénix sobre as próprias cinzas.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Neo-Portal - Capítulo I

“O portal fechou-se, e dentro dele ficaram todas as criaturas que dele tinham saído. Todas excepto uma…”


- Já está? É só isto? Que decepção… E são livros destes considerados os melhores de sempre e tretas afins… Tristeza de mundo, se bem que seria interessante uma boa duma vampira aqui… Ai se era…

Foi desta maneira que terminei de ler o livro que todos os meus amigos me aconselharam a ler, mas não pude disfarçar a minha desilusão. Num mundo cheio de tanta coisa mágica, porque só se escreve sobre vampiros? Porque não um livro acerca de unicórnios, ou borboletas? Não se vê nenhum livro que fale de como são bonitas as borboletas ou de como uma borboleta vive a sua adolescência. Ou se queremos ficar apenas pelos humanóides, como seria a vida de alguém com uma maldição que obrigasse a pessoa a viver como uma gárgula nocturna? Pedra de noite, humano de dia… interessante não? Ou talvez apenas alguém com esquizofrenia, ou alguém possesso?! Mas não, o mundo não está preparado para tal coisa… Em vez disso tudo o que se vê são “Twilights” e “Vampire Diaries” por tudo quanto é livraria e tomando nomes e tamanhos diferentes, depois é filmes e series televisivas baseadas nestas duas sagas de livros ou noutras às quais estas possam ter ido buscar inspiração, o que é certo é que nada é original… Mas enfim, o mundo gira e a chuva continua a cair nesta noite invernosa de tempestade.

O sol bate-me nos olhos à medida que vou acordando lentamente e a minha mãe já grita “Alexandre Romeu, desce já essas escadas!”, nisto entra o meu irmão no quarto.

- Se queres boleia despacha-te, o Jonas já chegou para vir buscar a Salomé e não deve demorar a ir embora.

- Sim Fred… Eu hoje vou de bicicleta…

Desço as escadas ainda a cambalear de sono e a meio do processo a que chamam vestir, agarro numa torrada e vou comendo pelo caminho. Pego na bicicleta estacionada na garagem e começo a pedalar. Chego à escola já atrasado mas ainda a acabar de tragar a torrada mas tal não me impede de irromper pela sala de aula.

- Professor Dias, posso?

- Para você é Dr. Dias! E não, não pode sem antes terminar essa torrada repleta de manteiga, esse apetitoso bocado de pão torrado a uma temperatura não muito quente, essa fatia divina…

- É servido? – Pergunto eu procurando satisfazer o desejo aflito do Dr. Dias.

- Não, não senhor! – Recompõe-se o Dr. Dias um pouco atrapalhado – e faça o favor de se sentar!

- Mas ainda não terminei a minha fatia divina…

- Não lhe deram educação em casa?! Não sabe que quando o professor manda o aluno obedece?!

- A minha mãe encarregou-se disso, e deixe-me dizer-lhe que fez um óptimo trabalho. Como tal, dê-me licença que vou entrar, sentar-me e acompanhá-lo a si e aos meus colegas em mais uma das suas nada aborrecidas aulas.

- Mais uma dessas e assiste à aula do lado de fora do edifício.

As aulas passam depressa e já é hora de almoço. Encontro-me com os meus amigos na cantina da escola. Sentados na mesa do costume, no fundo da cantina no canto direito, já lá estão a Luísa, a Marisa e o Júlio.

- Boas pessoal!

- Que o sol ilumine essa tua face horrenda… Acordaste agora?

- Não Júlio não, mas podia.

- Estás mesmo mal tratado moço. Que fizeste esta noite? Brincaste um bocadinho contigo mesmo? Foi? Foi? – Pergunta Marisa num tom de brincadeira.

- Marisa, isso é algo íntimo meu, e não, não foi o que aconteceu. – procuro disfarçar o meu sorriso maroto – Fiquei foi a acabar de ler aquele tal livrinho da treta, que mais parece um jogo de vídeo que retira a maior parte dos aspectos dos livros de vampiros que se vêm aí hoje em dia, e deixei-me dormir tarde.

- Vai alimentar-te e senta-te aqui connosco.

No caminho para a fila do bar olho pela janela e vejo o meu irmão à luta com um rapaz. Vou lá fora ver o que se passa e apercebo-me que o motivo da luta é, mais uma vez, uma rapariga.

- Não tinhas nada que te meter com ela! Sabes muito bem que ela estava comigo! – Grita efusivamente Fred para o indivíduo encapuzado.

- Meu, tu curtis-te com ela quê? Sete, oito vezes no máximo não? Daí a “estar contigo” vai uma grande diferença…

- Cala essa boca camelo! – Fred guincha estas palavras ao empurrar o seu punho fechado contra o estômago do oponente que fica atordoado por um pouco, aproveitando Fred para espancá-lo.

- Frederico Antunes! Já para o meu gabinete! – Ordena a Senhora Etelvina, directora da escola, e num estalar de dedos dois dos seguranças agarram no meu irmão.

Espero por ele à porta do gabinete e quando ele sai pergunto-lhe em que se meteu desta vez.

- Foi o maricas do Leo, meteu-se com a Rita.

- Sim, e onde entras tu nesta história?

- Entro na parte em que ele se vai meter com ela, quem está com ela sou eu! Ele não tinha nada que se meter com ela se sabia que ela estava comigo!

- Sim mas… Tu sabes como as coisas são hoje em dia, e tu não namoras com ela pois não?

- Não, nem tenciono fazê-lo. Mas se ela tem andado a curtir comigo há umas duas semanas não tinha nada que andar a curtir com outros ao mesmo tempo.

- Tens que rever muitas coisas amigo. – Afirma Rita que acabara de aparecer – Eu sou livre, faço o que quero, com quem quero, porque quero, como quero e quando quero, e não é lá por te ter agarrado nos tomates uma porção de vezes que vou passar a ser a tua cadela. E para que conste, ele é melhor do que tu… – Rita encosta a boca ao ouvido de Fred - …em tudo. – Sorri e abandona o corredor sem olhar para trás.

- Vês mano? Ela não vale a pena, só estava a brincar contigo, a fazer de ti parvo. E conseguiu…

- Mas não se vai rir durante muito mais tempo… E quanto aquele Leo, há qualquer coisa de estranho com ele, e eu vou saber o que é.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Crónicas De Um Sem-Nalga: A Monotonia

Agora em casa
Fazer penso todos os dias
Acções bastante limitadas
Dias cheios de monotonias

Não há muito sobre o que relatar, agora os meus dias são passados no computador, a ver coisas diversas, a jogar... As dores também não são nada do outro mundo, enfim, tudo se resume a monotonia, aborrecimento, chatice, e muita, muita paciência.
Estas crónicas voltarão um dia, nem que seja apenas para se depedirem.

Kiss kiss bang bang

domingo, 11 de julho de 2010

Crónicas De Um Sem-Nalga: The Comeback

Fui para ficar lá um dia e acabei ficando dois e meio!
Cirurgia de Ambulatório, retirar cisto, voltar para casa. Era assim o plano, no entanto nem tudo corre como planeado e, ao invés de me ser retirado um cisto foram-me retirados dois!
Anestesiado e a dormir foi como passei a cirurgia, mas após acordar não posso esconder a aflição que é não conseguir mexer a parte inferior do corpo (devido à anestesia conhecida como "epidural"), embora soubesse que esse efeito era apenas temporário.
Já haviam passado várias horas após a cirurgia e eu todo contente pois a hora de ir para casa estava a aproximar-se, além do mais agora já so tinha que recuperar e não mais me preocupar com este problema, quando começo a sangrar bastante e sou alvo de mais uma pequena intervenção a sangre frio, digamos que remexer num buraco do tamanho de meia nádega com compressas de uma maneira um tanto agressiva não é nada agradável. Acabei por passar uma noite no hospital. Dia seguinte, ainda sangue indesejado espreitava o céu azul, e então foi marcada nova cirurgia e, às dez da noite, sensivelmente, vou novamente para o bloco operatório. Ficando tudo bem desta vez voltei para casa há cerca de uma hora e aqui estou relatando mais um episódio desta saga.
Agarrem-se ao que vos pode cair,
Daniel Oni Gurreiro

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Crónicas De Um Sem-Nalga: Até Já



Nem mais! 12 horinhas e fora com o cisto!
E agora que a introdução foi feita e a situação é conhecida, proponho-me, eu próprio, a mim mesmo, relatar o meu percurso daqui para a frente relativo a este assunto.
Sem mais a adiantar, fico, por enquanto, por aqui.
Até Já

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Crónicas De Um Sem-Nalga: Processo De Encerramento Do Orifício



Numa palavra. Tratamento. Noutra palavra. Recuperação.
Às tantas já não é tanto a dor, pois esta diminui, mas sim o aborrecimento de ir todos os dias ao centro de saúde fazer o tratamento, ou seja, desinfectar e fazer novo penso, dia após dia após dia após dia. Sorte a minha que tenho um óptimo poder de recuperação e regeneração física, e em semana e meia melhorei consideravelmente, tendo apenas que continuar a fazer tratamento devido à indicação médica.
Enfim, este terceiro episódio destas crónicas é bastante curto, mas também assim foi esse período da minha vida, aborrecido, e custou-me uma semana de aulas!

Beijinhos e abraços

Crónicas De Um Sem-Nalga: Ainda Com As Duas, Criação Do Segundo Buraco Do Cu



Relato agora a minha anterior experiência com este tipo de "bicho".

Noite de Natal, e eu sem me dar sentado! Era o meu, então desconhecido, amigo cisto que me incomodava. Cedo me deito mas tarde adormeço, apenas para cedo voltar a acordar e rumar ao hospital mais próximo, uma vez que as dores eram insupurtaveis.
Receitaram-me panos quentes (o que, diga-se de passagem, sabe bem), e disseram-me que era um problema de hemorróidas, e eu "ok, começo a tar farto de "hemos"".
Fim-de-semana passado, melhoras nem velas, dormir era mentira e a única coisa de real que tinha eram dores. Nova viagem ao Hospital, desta vez não ao mais próximo mais ao mais próximo a seguir, onde, aí sim, detectaram a verdadeira origem do problema. Um cisto pilonidal que havia infectado e que estava ali a pedir para ser retirado, traduzindo-se este pedido numa infecção do tamanho de um ovo. Lá fico eu de cú para cima enquanto o senhor doutor gentilmente me faz a barba aos glúteos, passa um daqueles sprays aos quais gostam de chamar anestesia (frios como tudo, mas de anestesia pouco teêm), e ao sentir o objecto portador de serrilha a perfurar-me pele e carne, PUTA QUE PARIU! (desculpem a expressão, mas a sério, é isso mesmo) E depois do primeiro corte? Veêm os outros, e a dor aguda de uma pinça a retirar os pelos do interior do buraco agora feito (estão a ver a dor de fazer as sobrancelhas com pinças pela primeira vez? imaginem isso no cu. Agora imaginem dentro do cu, ai está). Aquela interminável dor terminou após vinte e cinco minutos de pura dor interior, extremo calor proporcionado por esta (recordo que estávamos entre o Nata e o Ano Novo), as arrancadelas do papel que põem na marquesa, e digo-vos se não fosse o facto do senhor doutor até ser um gajo porreiro e gostar de Rammstein tinha sido muito pior! (estava a ser reproduzido o mais recente álbum da banda alemã: "Liebe Ist Fur Alle Da", nunca mais o ouvi da mesma forma...).
Após tudo isto, mandaram-me para casa com a ferida aberta (pois tem de cicatrizar por segunda intenção, ou seja, de dentro para fora) e eu sem me poder sentra lá vim deitado no carro.
É assim que se fica com um segundo buraco entre as nádegas, e digo-vos, em nada é agradável.

Piss aute (mas não fora da sanita)
You're not so friendly not so neighbour, Daniel Oni Guerreiro

terça-feira, 6 de julho de 2010

Crónicas De Um Sem-Nalga: Ainda Com As Duas



Pois é, tal como o título sugere, dentro de sensivelmente 4 dias viverei mais leve por um período de tempo, ficarei "desnalgado". E porque me vai ser retirada uma porção de carne a uma parte tão inexistente do meu corpo? A resposta, caros amigos, é simples: Cisto Pilonidal.
O que é?
Como funciona?
Em que afecta?
Como é que se pega?
Como se trata?
Come-se?
Estas perguntas obterão as suas respectivas respostas no documento infra, com óbvia excepção daquelas que se apresentam obviamente absurdas, como é óbvio.

"O que é?

Cisto pilonidal é o nome específico que se dá para o mais comum dos cistos dermóides, quando ele se localiza na região sacral (abaixo da região lombar, onde se inicia o sulco entre as nádegas). Cistos dermóides podem estar presentes também em outras áreas, além da região sacral, tais como o pescoço, regiões em torno das orelhas, nariz e olhos, mas não recebem o nome de cisto pilonidal.

Apesar do nome nos fazer crer se tratar de um cisto, na verdade ele não é um cisto verdadeiro e sim um resquício embrionário de pele. Durante o desenvolvimento do embrião, na barriga da mãe, formam-se "dobras" de pele que são normalmente eliminadas. Algumas destas "dobras" podem permanecer ocultas no interior da pele. São denominadas fendas embrionárias e, quando são grandes o suficiente para inflamarem ou serem notadas a olho nu, recebem o nome de cisto dermóide.

Normalmente o cisto pilonidal contém em seu interior pêlos e glândulas sebáceas e sudoríparas. Provavelmente é a presença destas glândulas sudoríparas que faz com que a lesão piore com o calor. Isto porque com o aumento da temperatura no local elas produzem suor, que fica acumulado dentro da pele, podendo inflamar e até infeccionar.


Manifestações clínicas

Normalmente os primeiros sintomas surgem na adolescência ou no início da idade adulta. A doença se inicia como uma inflamação na região sacral. Surge desconforto na região, principalmente quando permanecemos muito tempo sentados. Com a evolução, percebe-se uma lesão nodular, que geralmente varia de 1 a 5 cm, de consistência amolecida e que pode ter sinais inflamatórios, como dor, calor e vermelhidão.

O calor, calças apertadas e o atrito nesta região são importantes causas para o surgimento da inflamação, tanto que na segunda guerra mundial o cisto pilonidal era chamado de doença do Jeep, porque os soldados que permaneciam por horas e horas sentados nos Jeeps sofriam constantemente deste problema (calor, muito tempo sentados e o atrito constante).


Tratamento

Tradicionalmente, os cistos dermóides, bem como o cisto pilonidal, são removidos cirurgicamente e deixados para cicatrizar por segunda intenção, método utilizado para o tratamento cirúrgico de lesões infectadas (a ferida fica aberta, não recebe pontos e cicatrizando de "fora para dentro").

Atualmente, devido a um maior conhecimento de sua verdadeira origem, eles são removidos cirurgicamente e fechados também cirurgicamente, o que em muito facilita a vida dos pacientes, que tem uma rápida e tranqüila cicatrização. Entretanto, o fechamento cirúrgico só pode ser realizado se o cisto não estiver inflamado. Logo, o momento ideal para a cirurgia é quando a lesão está silenciosa, sem incomodar.

Quando ela encontra-se inflamada, o melhor é procurar um dermatologista para reverter este processo (usualmente com antibióticos e drenagem, se houver pus) e, posteriormente, agendar sua cirurgia ou encaminhá-lo a um cirurgião dermatológico."
retirado daqui

Pressinto e vos digo que depressa voltarão a ler de mim.

Cumprimentos, de metros a kilometros

sábado, 29 de maio de 2010

Living Without It

The story I’m going to tell
It’s not about something you can sell
It is about happiness and sorrow
It is about the fear for tomorrow

He was sorry once
Then he was sorry again
She was sorry once
Then she was sorry again

They both broke boundaries
In search for new glories
They both stood on their ground
Without ever making a sound

Believing that the sun rises every day
Banishing the darkness away
They both wanted to be with each other
They would suffer and they wouldn’t bother

Now again sharing time and space
He is She and She is He
Their love is their only disgrace
After all they’ve fallen from grace

sexta-feira, 9 de abril de 2010

PARABÉNS CLÁUDIA

(já passam alguns minutos do dia em que mais um ano completaste, mas enfim, pardon moi)

Numa palavra: ofalhançodofosfóroapagado, nunca te esqueças dele (sim fiquei com uma fixação yDD)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Deixa Lá, Crise De Meia-Idade

Isto... Isto é um espaço meu...certo?
Um espaço onde posso ser eu, fazer o que quero e o que gosto...fazer o que preciso...certo?
Onde posso escrever quando preciso de falar com alguém...certo?
Mas não tenho ninguém com quem falar... Apenas tenho este bocado de espaço para escrever...
Posso? Escrever aqui? Vão ler? E se lerem, vão querer saber?
Ah... Não importa, vou escrever na mesma, esta introdução de perguntas retóricas não fez qualquer tipo de sentido...

Insegurança... Desejo de ter o que se tem mesmo depois de já se ter tido o que se tem... Ter... Ter o quê? Ter-te...a ti... A ti? Sim...a ti...
Bolas... Esqueci-me da frase chave que me fez querer escrever isto... Enfim, pode ser que me lembre dela... Bolas... Esqueci-me...de te dizer...que te amo... Mas...
...
...
Será que amo? Amo mesmo? Ou é apenas um engano do meu espírito? Um acto de cobardia, esconder-me em ti, com medo de não alcançar o que não tenho... Sei lá se é... "Amo-te", aparentemente tão fácil de se dizer, tão sobrevalorizado, tão... Sei lá... Sei lá... Sei...que só sei...que o que sei...o sei...e que talvez saiba...que o que sabia...ainda sei...ou talvez não...talvez tenha deixado de um saber uns quantos saberes atrás...

"Esvazia a tua caneca, tem-la cheia, se a encheres mais irá transbordar"

Mas cheia de quê? De sonhos quebrados? De ilusões perdidas? Não...
Cheia de quê então? Cheia de...nada... É tudo o que tenho...nada... Sei que não, mas na minha maneira doentia, e muito pouco iluminada, goste de, talvez goste de, pensar que sim. Faz-me mais forte? Sei lá. Faz-me maior? Sei cá. Faz-me melhor? Não sei. Faz-me eu? Talvez... Talvez o faça, ou talvez me deite ainda mais abaixo... Deitado tenho estado eu nestes últimos dias, e em baixo...deixo de estar uma vez por outra... E desta? Esta passou. E da próxima? A próxima não vai passar... Vai passar-nos ao lado, de lágrimas nos olhos, limpando-as com um lenço negro de sangue... Que fiz eu para te perder? Que fiz eu para me perder? Que fiz eu para sentir que te perdi? Que nos perdi? Que...quando me perdi...perdi tudo? Mas...quando me perdi? Perdi o que era meu? Ou devolvi o que outrora pedira emprestado? É a minha alma! Por que porra estou a discutir o paradeiro da minha alma?! Ela está aqui. Aqui. Bem dentro de mim, querendo voar, sentindo-se presa, como...uma vez mais...e sempre... Perco-a? Sim...se largar a mão... E destruo-a? Sim...se baixar os braços... Lembras-te de mim? Quando fores velhinha, desdentada e coxa...lembras-te de mim? Quando eu já há muito tiver partido...lembras-te...do que é viver? Do que é doer?...e do que faz doer...e do que vale a pena sinta dor por...e do que...já não será...do que...já foi...do que...talvez...ainda seja...?

Limpa a cara, lava o teu rosto...a este ponto também eu já estou...por dentro, lavado em mercúrio... Por fora, exactamente igual. Pávido, sereno, branco como a neve, com os olhos penetrantes como o gelo em que outrora me envolvi, o cabelo...esse...constante mudança...mas...todo eu...sou constante mudança... Sei lá... Não perguntes isso... Mas penso que...talvez...sim, talvez não...

Fraquejei...sou fraco... Protestante hipócrita do mundo das máscaras, envolto nelas, tão bem aconchegado numa alcofa de linho e mentiras, um berço de ouro com corações quebrados cravados, roupa...em 2ª ou 3ª mão, assim como eu, assim como...sempre... Cara de pau, lata imensa, timidez falsa, perversidade certa... Descrito por bocados de calçada mais sabedores que todos nós, mais...detentores da verdade...

Em mim piso, em ti já não venero... Medo, é o que comanda esta minha desordem. Medo de que a história antiga se repita, medo de que ditados populares não estejam errados, medo...mas medo...de quê? De ti...de mim...deles...delas...de nós...dos outros...de todos...de ninguém...já disse do futuro? E do passado? Terei anteriormente referido o presente? Se o fiz, nessa altura não era futuro? E agora não é passado? Então o passado é presente e o presente é futuro fazendo do passado presente... É isso que me atormenta... O passado ser futuro... E o futuro ser passado não me mete menos medo...

Um pequeno e indefeso bebé, sim, o sou...

domingo, 21 de março de 2010

18

18 anos, maioridade, woo....hoo...

É no dia em que completam 18 anos de existência que as pessoas grandes chegam ao pé de vocês e vos dizem "bem-vindo ao mundo dos adultos" e cada um de nos responde "pois".

Atingi hoje esse limiar, o limiar em que aos olhos da sociedade se deixa de ser uma criança para se passar a ser um adulto, assim, do dia para a noite. Até que sabe bem, os olhos das pessoas mudam de expressão, não são mais aqueles olhos maioritariamente doces, de desculpa, ou até mesmo de desprezo ou pena, agora olham simplesmente com um ar desafiador, como se fossemos todos "concorrência". É-nos transmitido que a calma de outros dias permanecerá no passado e que daqui para a frente será sempre a piorar, querem mentalizar-nos de que muito dificilmente vamos ser alguém na vida, e de que os nossos problemas de agora são nada comparados com os que espreitam a cada esquina. Mas o que muita gente não sabe é que adoro um bom desafio, e que agora já posso jogar o jogo da vida com todos os dados.
Muito bem adultos, bem-vindos ao meu mundo!

sábado, 13 de março de 2010

Quando Perguntam Eu Respondo

Alguém me perguntou "Sentes falta do passado?", e eu respondi "Não do passado, mas da simplicidade deste"

Por vezes ainda chega ao meu pensamento aquelas imagens de anarquia infantil, de tempos pacíficos e inocentes, onde a maldade era um mito e onde personalidades originais reinavam. Três amigos-irmãos que tudo tiveram e que agora nada têm, e tudo porquê? Por ninharias que se transformaram, com o passar do tempo, em gigantescas quimeras destruidoras de sonhos e esperanças.

Serei tolo em, às tantas, dar demasiada importância ao passado? Não é este que, afinal de contas, faz de nos quem somos? Então porquê apagá-lo? Porquê renegá-lo? Porque não vivê-lo? Se é passado não pode mal fazer, tudo o que nele se encerra já foi feito e não poderá ser repetido. Aguardar com carinho que novos dias virão, mas guardando aquele sentimento masoquista de que esses dias possam trazer algumas influências do passado. "Lembras-te da tua cara de anjo? E das tuas partidas de criança perdida?" Que tal largarmos a faca e abraçarmo-nos, uma vez em muito tempo, sem nos magoarmos mutuamente? Sim eu sei que sou uma pessoa com ideais demasiado utópicos e que o único a voar mais baixo que o chão serei eu, reconheço também que a entidade que me retira do buraco para depois me mandar para dentro dele novamente não é nada mais nada menos que a minha própria personalidade e que, possivelmente, nada mais a vós vos intriga, nem o porquê nem o como...

Um pequeno sonho protagonizado por uma pequena criança, não abandonada mas perdida... Um pequeno sonho que traria um grande sorriso... Um pequeno sonho, o único que não se tornaria num pesadelo... Um sonho que libertaria o passado e revolucionaria o presente... Um pequeno sonho que retornaria toda a grandiosidade daquilo a que uma vez chamámos amizade...

Cabeleireira viola assaltante!

Uma notícia retirada do seguinte endereço: "Endereço aqui, clica-me! ahahahah"

"Um assalto a um cabeleireiro na Rússia está a mobilizar a polícia. O crime envolve o assaltante e a cabeleireira do estabelecimento assaltado, avança o jornal G1.

A cabeleireira, identificada como Olga, de 28 anos, viu o seu salão invadido por um homem na passada terça-feira, dia 14. Olga, experiente em artes marciais, conseguiu dominar Viktor, de 32 anos, e levou-o para uma sala reservada, segundo o site «life.ru». A cabeleireira utilizou um secador de cabelo para obrigar o assaltante a render-se e acabou por o prender. No entanto, não chamou a policia.

Olga obrigou o assaltante a tomar Viagra para depois abusar dele várias vezes durante os dois dias seguintes.

Quando foi libertado, o assaltante dirigiu-se ao hospital para curar o pénis «magoado» e depois à esquadra para registar queixa contra a cabeleireira que, por sua vez, só no dia seguinte registou queixa contra Viktor por assalto.

No entanto, a história confunde-se ainda mais porque a policia não consegue ter a certeza sobre quem é o verdadeiro criminoso deste caso de assalto que terminou em «violação».

quarta-feira, 3 de março de 2010

Alma Omnipoderosa

Fúria! Desespero!
Céu cinzento e nuvens negras
Chuva ácida e tristeza maior
Gente deprimente, triste continuamente
Vento frio e cortante
Sangue sai pelos cortes semi-abertos
Sociedade plena de enganos e toxinas
Ninguém verdade fala
Apenas gritam palavras sem nexo
Assim como eu, assim como vós
Podres e tristes almas
Preto no branco
Somente a preto e branco
Um mundo monocromático
De amor e mágoa
De ódio e agonia
Felicidade retorcida de um ser amalgamado
Vivencias de um sonho
Desprezo de um alguém maior
Alma omnipoderosa

Versos Soltos De Um Pirata Perdido

Sim fugirei
Farto de sempre estar presente para vós
Em retorno estáis ausentes para mim
Que será de meu fado tempestuoso
Esperarei até assistir ao final
Numa nau navegarei mil nós
Anseando pelo dia em que partirei
Mas partirei de espírito fogoso
Se me perguntardes para one irei
Responderei sim
Fugirei

Sem Título

Muitos se atrevem a pensar
Poucos se atrevem a dizer
Dizer o que realmente se pensa
O que se pensa verdadeiramente
E não o que querem que seja pensado

Tristeza de quem não o faz
Alegria dos carrascos deste reino
Reino tirano e cruel
Reino poderoso e decrépido
Reino da sociedade

Poderosos os que mandam
Podres os que são mandados
Preversidade nos olhos alheios
Persuasão nas suas mãos
Podridão nos seus corações

Malícia pantanosa envolvedora
Mestra e aprendiz das areias movediças
O pasto que alimenta os criadores
Inferno imposto aos impostores
Vida repleta de horrores

terça-feira, 2 de março de 2010

Mudar O Passado? Antes Viver O Presente

Why the hell did we wind up like this, and why weren't we able to see the signs that we missed and try to rutn the tables?

Não quero dizer que esteja mal, não estou, simplesmente há música que nos faz pensar e ver que somos, na realidade, meia dúzia de pássaros cegos em busca de uma única minhoca...
Tanta gente que se queixa, bem ou mal, com ou sem razão, de tudo e todos, mas quem tem a coragem, quem tem os colhões para se levantar e fazer a diferença, não aos outros mas a si mesmo? Ninguém, zero, nicles! Não ha uma única pessoa que pragueje depois de se opor activamente. É mais fácil mandar vir do que agir, é mais fácil ver a vida passar do que vivê-la. Mas cheguei a uma conclusão (e sim, vou falar de mim porque isto até é o meu blog, ahah), que não é que ninguém ainda não tenha chegado mas enfim, mais vale viver a vida enquanto se é vivo, aquando da altura da morte não se vai viver nada. Mais, se é para haver arrependimento, que haja por algo que se fizera e não por não ter feito algo. São apenas estes dois padrões que regem a minha vida e que, através desta escrita, os passo para vós "irmões".

domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Padre Metaleiro - Parte 2

Quando deitado na maca do hospital, já mais morto que vivo, sinto o meu corpo a flutuar, uma sensação de bem estar, de paz. Quero gritar mas não consigo, quero exprimir-me de qualquer maneira, mas não consigo. Nem um som, nada, zero... Prefiro morrer a ficar paralizado e eternamente calado neste estado de vegetação permanente.
Morro por dentro ao ver a chuva cair e os meus pensamentos a desvanecer, já não pertenço mais a este mundo, e parto, parto feliz, parto triste, parto livre mas preso, parto mas fico...
Dias depois levam-me dquele local já tão familiar para me enfiarem dentro de um caixão. Basicamente encaixotaram-me, como se fosse mexilhão. Três passos em frente, dois passos para ao lado, o caminho directo para a igreja. Já no meu funeral oiço mulheres que choram forçadamente e crianças que correm pela igreja, cheias de energia. De repente, vejo uma luz enorme e oiço uma voz “TU NÃO PERTENCES AQUI! VOLTA PARA CASA!” e ao acabar de ouvir isto berro o mais alto que posso, dou uma pancada com toda a minha força no caixão e este abre-se. Todos olham para mim, estavam a fazer o funeral de um morto e, do nada, este voltou a vida. Chamaram-me monstro, fantasma, acusaram-me de desrespeito a tudo e todos, correram-me à porrada não só da igreja mas também daquela região. Vi-me obrigado a procurar uma vida fora dali, mas todos os dias falava com a Divindade, aquela que me havia salvado dos sete palmos de terra.
Quando cheguei a uma localidade um pouco estranha, pequena e muito amável, percebi que aquela localidade era uma espécie de refúgio para todos os que tinham sido abandonados e obrigados a deixar as suas vidas. Percebi que algo faltava naquela pequena mas tão grandiosa localidade, um local de culto, uma espécie de igreja que venerasse a vida, a Divindade da vida. Fundei uma igreja com esse fim e tornei-me padre. Missas cantadas em Death Metal cujas letras veneram a vida, toda a localidade se tornou seguidora, e somos felizes.

O Padre Metaleiro - Parte 1

Quando decidi seguir vida através da religião nunca pensei vir a ser aquilo que sou hoje. Pensei que talvez tivesse que deixar toda a minha vida para trás, família, amigos, paixões, tudo! Mas afinal não, no fim de contas continuo a ter uma vida extremamente igual à que tinha antigamente.
Mas para que não fiquem mais confusos com a minha história vou passar a explicá-la.
Botas de biqueira de aço, calças pretas justas, t-shirt preta com o símbolo dos Misfits, colete de ganga escura, pulseiras de picos, coleira de picos, mohawk colorido, era esta a minha figura com 15 anos. Vocalista numa banda de Punk Metal denominados Tristes Mas Contentes, tinha a vida perfeita, amigos perfeitos, namorada perfeita, mas um dia tudo mudou. Descobri que a namorada afinal não era tão perfeita, assim como o baterista também não era um amigo tão perfeito. A partir daí passei a sentir-me cada vez mais melancólico, cada vez mais podre por dentro, cada vez mais vazio. O que escrevia agora em nada se comparava com o que noutros tempos escrevia.
Ao fazer 18 anos a banda separou-se. Uns foram para o norte, outros para o sul, e eu fiquei sem saber para onde ir, ou seja, fui trabalhar que é o destino que se dá aos indecisos. Ano seguinte já com experiência de trabalho e dinheiro na bagagem decidi aventurar-me no mundo da verdadeira música, no qual gastei todos os meus tostões e recebi milhares de “nãos” em troca. Fique completamente desolado. Ao voltar para casa completamente roto em todos os sentidos da palavra, o meu pai deu-me mais uma oportunidade de me recompor, mas avisou-me seriamente de que seria a última. Desta vez fui trabalhar para a metalúrgica da terrinha, onde passei a ser definitivamente o indivíduo mais metaleiro da zona. No entanto a vida já não era tão sorridente como no passado, e aos 27 anos as escolhas de alguém sem estudos superiores é cada vez menor por isso via-me condenado a viver eternamente na casa dos meus pais e a trabalhar indefinidamente naquela metalúrgica.
Um triste dia tempestuoso de Inverno veio abalar a minha vida. Trabalhava eu como em qualquer outro dia enquanto cantarolava umas músicas em growling, apesar do passar do tempo o desejo fervoroso de seguir carreira como growler ainda não tinha chegado ao fim, quando um acidente sucedeu naquela fábrica, acidente esse que me retirou em metade a força das cordas vocais. Fiquei então completamente destronado e destruído, vi todos os meus sonhos que ainda permaneciam estáticos estilhaçarem-se em frente aos meus olhos, ouvi o estridente som do romper das ambições no interior mais profundo dos meus timpanos e senti o brutal rasgar de músculos na minha garganta.
Invalido. Foi a única coisa que o meu pai soube dizer quando me viu no chão de terra batida à porta daquela fábrica e se não fosse a bondade de uma irmã da mão de um colega de trabalho teria permanecido lá por tempo indefinido.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Old Memories


No more this times
This drawing lines
All of this companionship
Where is all this friendship?

But sick of all
Sick of the lies
Sick of us
Our silent cries

Rainbows and butterflies
They shine and fly no more
Now it's time for demise
Moving on it's time for

One now, one later
Dying day after day
One now, another later
We're all fading away

Looking at a nice old photograph
Realising what's lost in the past
Writing one more paragraph
Compromising an existence that won't last